quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Financiamento imobiliário com recursos da poupança bate recorde no 1º semestre

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$23,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com os dados divulgados nesta quarta - feira pela Abecip ( Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O valor superou em 77% o montante contabilizado no mesmo período no anao passado. Em qauntidade, forma 187,6 mil unidades financiadas o que representa uma expansãode 51,5% no mesmo comparativo.

Os dados apontam para um financiamento de 450 mil unidades em 2010, totalizando R$ 57 bilhões.

O presidente da entidade, Luiz Antônio França, já havia pevistoque, em 2014, o financiamento imobilia´rio deve ter atingido11 do PIB ( Produto Interno Bruto) no Brasil. A projeção está em linha com a estimativa de Jorge Herada, vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, que projeta 10% no ano seguinte. Atualmente, a proporção é de apenas 3%.

FONTES ALTERNATIVAS

Os sucessivos recordes estão levando o banco federal a começar a procurar fontes alternativas de financiamento além dos recursos do FGTS eda poupança. Nos sete primeiros meses do ano, os empréstimos da Caixa chegaram a 40,1 bilhões, mais do dobro (104%) do resultado obtido no mesmo período do ano passado.

Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas o temor de que o crescimento da cardeneta não acompanheo dos emprétimos.

Cerca de R$ 20 bilhões de uma carteira de cr´dito imobiliário de R$82 bilhões já estariam prontos para uma securitização, mas o valor da primeira emissão, que será feita até dezembro, ainda não foi definido pela CAIXA.

A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para o investimento no mercado de capitais. O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as caracteristícas do financiamento descontados os custos e o ganho do banco.

A instituição financeira, por sua vez, recicla o dinheiro sem ter de esperar até o último pagamentodo tomador o empréstimo. O risco de inadimplência, normalmente, fica com o investidor.

FONTE: FOLHA.COM 11/ 08/2010 às 9h

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