terça-feira, 30 de junho de 2009

Inflação do aluguel tem queda de 1,2% no ano

Em junho, IGP-M teve deflação de 0,1%, puxada pelos produtos industriais; em 12 meses, alta é de 1,5%
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Jornal Folha de São Paulo

A queda nos preços no atacado puxou a deflação do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) em junho, fechando o mês com redução de 0,10%. No ano, o indicador usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel acumula deflação de 1,24% e, em 12 meses, apresenta leve alta de 1,52%.
Para quem está à procura de um imóvel para alugar, no entanto, houve aumento médio de 11% nos últimos 12 meses, segundo o Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.
Na opinião do coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas), Salomão Quadros, é possível que o IGP-M fique negativo em 12 meses com a inclusão de julho, já que, no ano passado, houve alta de 1,76% naquele mês e esse dado será descartado. O índice acumulado até agora é o menor desde julho de 2006.
No mês, os produtos industriais, responsáveis pela queda no IPA (Índice de Preços por Atacado), foram puxados para baixo pela deflação em insumos para produção, minério de ferro e óleo diesel, que teve redução de 15% na refinaria no dia 9. No primeiro semestre, um dos destaques foi o preço de automóveis, que acumula queda de 9,9% devido à diminuição no IPI desde dezembro.
O economista Gean Barbosa, da consultoria Tendências, destaca ainda que apenas 30% dos produtos industriais tiveram variação positiva em junho.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cresce investimento de milionários de todo o mundo em imóveis

Por: Flávia Furlan Nunes
29/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Os milionários de todo o mundo destinaram uma maior parcela de seus investimentos para propriedades em 2008, na comparação com 2007, de acordo com pesquisa realizada pela Merrill Lynch.
Os dados mostraram que, dos investimentos dos milionários, 18% foram destinados para as propriedades em 2008, ante 14% um ano antes, quando a opção pelos imóveis havia caído 10 pontos percentuais frente a 2006.
A pesquisa concluiu que o retorno para as propriedades reflete a preferência dos milionários por ativos tangíveis, assim como uma tendência em direção a um comportamento de barganha, especialmente em propriedades para fins comerciais e novos prédios, bem como para propriedades residenciais, cujos preços sofreram uma grande queda no ano passado.
Destaques
Ao final de 2008, as propriedades residenciais respondiam por 45% dos investimentos dos milionários em imóveis. Com isso, as casas e apartamentos de luxo presenciaram uma queda de preços para níveis identificados em 2003 e 2004.
As regiões emergentes do Oriente Médio e da Ásia-Pacífico (excluindo o Japão) têm a maior alocação de investimentos para os imóveis, com 25% e 23%, respectivamente, e a melhor proporção para propriedades residenciais, com 54% e 58%, na ordem. Já a América Latina é destaque quando analisadas as unidades comerciais, com alocação de 31% dos investimentos dos milionários da região para o segmento, a maior do mundo. Isso ocorre devido ao boom das propriedades comerciais desde 2006.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Imobiliária de SP abre filial nos Estados Unidos

Jornal DCI


A Noxx Imobiliária Inteligente, de São Paulo, optou pela inovação e, mesmo com a crise, abriu uma filial nos Estados Unidos. "Para nós a crise se tornou um cenário de oportunidade incrível, especialmente na Flórida, que teve o maior decréscimo do preço dos imóveis", justificou Hermínio José Bonoldi Júnior, fundador da Noxx.
Bonoldi contou que a alta das parcelas hipotecárias fez com que as pessoas devolvessem as casas e voltassem a morar de aluguel; além disso, com o cenário, os preços caíram vertiginosamente.Um exemplo é uma casa de US$ 300 mil, com uma hipoteca de US$ 3,5 mil mensais, que, devolvida, chegou a ser vendida por US$ 45 mil, por necessidade do vendedor.
Na carteira da Noxx há imóveis para serem comprados a partir de US$ 60 mil, que, se alugados, podem render aproximadamente US$ 1,2 mil, o que, descontando-se as taxas e os impostos, possibilita um rendimento mensal líquido de US$ 800. Como explicou o executivo, pode se tornar um bom negócio, inclusive para brasileiros que queiram investir.
A Noxx também procura oportunidades para emigrantes que estejam radicados nos Estados Unidos adquirirem imóveis no Brasil. A empresa, fundada por executivos do setor, tem um ano de atuação.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Aluga-se": placa foi responsável por 25% dos negócios fechados em 2008

Por: Equipe InfoMoney
25/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - "Aluga-se". Uma placa com essa informação foi responsável por 25% dos negócios imobiliários fechados em 2008. De acordo com levantamento da Lello Imóveis, empresa que administra condomínios na capital paulista, 45% dos candidatos a inquilinos afirmaram que procuraram as administradoras depois de terem visto a placa."As pessoas transitam diariamente pelas ruas, por diversas regiões da cidade, e as placas definitivamente são um chamariz importante para gerar interesse daqueles que buscam um imóvel para alugar", comenta a responsável pela área de marketing da empresa, Elaine Fouto.ResistênciaApesar da constatação de que a tradicional forma de anunciar a disponibilidade de um imóvel funciona, Elaine afirma que ainda há muitos proprietários que resistem em colocá-las porque preferem a discrição.No entanto, ela ressalta que tal resistência faz com que o imóvel demore um pouco mais para ser alugado, uma vez que as placas tendem a atrair um número maior de candidatos interessados em fechar o negócio.Classificados de jornais e sites também fazem com que as pessoas procurem mais informações sobre o imóvel. De acordo com o levantamento, esses meios são responsáveis por 44% dos contratos de locação fechados pela empresa.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Projeto regulariza 200 mil imóveis às margens da Billings

Segundo ambientalistas, "anistia" beneficia invasões e habitações precárias; lei aguarda sanção do governador

Eduardo Reina
Jornal Estadão

A Lei Específica de Proteção da Represa Billings, que abastece 1,6 milhão de pessoas na Grande São Paulo, regulariza a posse em mais de 200 mil imóveis localizados às margens do manancial, onde aproximadamente 1 milhão de pessoas moram. Isso inclui áreas de invasões e muitas habitações precárias às margens da represa, que colocam em risco a vida dos habitantes e do próprio manancial. O texto, aprovado na Assembleia Legislativa, aguarda sanção do governador José Serra, o que deve ocorrer nas próximas semanas, segundo a Secretaria da Casa Civil. Com a publicação, as normas entrarão em vigor em seis meses.
Pelo projeto, as prefeituras de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra deverão adaptar os Planos Diretores aos novos parâmetros de regularização fundiária. Também são os prefeitos quem deverão propor as compensações ambientais para ocupação, que deixam de ser de responsabilidade do dono das terras. Há anos é desenvolvido esforço para evitar maior desmatamento na região e evitar que o esgoto seja despejado in natura na Billings.
O texto aprovado pelos deputados estaduais dá uma "anistia" para ocupações irregulares. Ganhará a escritura o morador de imóveis que tenham área inferior a 125 m². No entanto, por ser uma definição que não constava do texto original do Executivo, essa medida pode sofrer modificações. Por outro lado, determina-se a remoção de moradores instalados nas chamadas áreas de primeira categoria. São casas erguidas nas Áreas de Recuperação Ambiental 1 (ARA-1), cujas características não possam estar contidas em Programas de Recuperação de Interesse Social (Pris).
A nova orientação para a ocupação imobiliária nas margens da represa, porém, preocupa os ambientalistas. Acredita-se que crescerá a especulação imobiliária, com a regularização dos lotes ocupados há mais de 30 anos, além de agravar a situação do reservatório. "Muita gente que conseguir a escritura poderá vender o imóvel e ocupar um novo lote em regiões ainda mais para dentro das zonas de proteção", critica Carlos Bocuhy, integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Conforme ele, o adensamento populacional na região chega a 4 mil pessoas por km², índice similar a de muitos bairros da área expandida da capital. "Essa lei é um grande projeto de regularização fundiária. Não se pensou na sustentabilidade da Billings", afirma.
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, discorda do ambientalista e alega que novas ocupações podem ocorrer apenas até a sanção da lei. "Depois, a legislação será mais dura. Vai ficar difícil fazer novas invasões. A regularização dos lotes está atrelada a compensações ambientais, como criação de áreas verdes. As invasões receberão um freio e também será definida a prioridade no uso das águas do reservatório."

terça-feira, 23 de junho de 2009

Duratex e Satipel criam empresa de R$ 3,3 bilhões

Empresas anunciaram ontem fusão que cria a oitava maior fabricante de painéis de madeira do mundo

Mariana Barbosa e Chiara Quintão
Jornal Estadão

A Duratex e a Satipel anunciaram ontem uma fusão que levará à criação da oitava maior empresa de painéis de madeira do mundo, com faturamento de R$ 3,3 bilhões. A nova companhia terá 45% da capacidade instalada de painéis de madeira do Brasil, com uma participação de mercado em torno de 40%. Juntas, Duratex e Satipel esperam conquistar mercados internacionais e ampliar a receita com exportações, que hoje representa apenas 5% do total.

Pelo formato anunciado, é a empresa menor, a Satipel, cujas ações são negociadas no Novo Mercado da Bovespa, que vai incorporar a Duratex, empresa controlada pela Itaúsa, a holding do banco Itaú. A Satipel fará um aumento de capital e mudará seu nome para Duratex S/A. A nova Duratex continuará, assim, negociando suas ações no Novo Mercado e será presidida por Henri Penchas, atual presidente da Duratex.

Os atuais acionistas da Duratex terão 75% da nova empresa. Os outros 25% ficarão com os acionistas da Satipel. Ao final da reestruturação societária, os controladores da Duratex terão 39,6% da nova empresa, os controladores da Satipel, 17%, e os demais acionistas, 43,4%.

Os sócios controladores - as famílias Setubal e Villela, pelo Itaú, e os Seibel, pela Satipel - se comprometeram a manter pelo menos 40% das ações negociadas no mercado para manter a liquidez dos papéis. Eles também se comprometeram a não vender suas respectivas participações por um prazo de 5 anos. "É uma forma de demonstrar nosso compromisso em perpetuar a empresa", afirmou Salo Davi Seibel, presidente do conselho da Satipel, que permanecerá na presidência do conselho da nova Duratex.

Para o presidente executivo da Duratex, o processo de fusão das duas empresas levará de seis meses a um ano, com ganhos de sinergia da ordem de "algumas dezenas de milhões de reais". Segundo Penchas, serão criados 14 grupos de trabalho para estudar e promover a integração de cada área ou departamento, como logística, suprimentos e tecnologia.

A Duratex faturou R$ 2,5 bilhões em 2008 e é líder na produção de painéis de MDF, chapas de fibra e pisos laminados, além de ser dona da marca de metais sanitários Deca. Já a Satipel, que faturou R$ 716 milhões, é líder em painéis de MDP. Segundo Penchas, os negócios são complementares e a união das empresas não deverá provocar problemas no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Esse é um setor que tem nove empresas e não há restrições às importações."

As negociações começaram há cerca de três meses, quando Salo Seibel procurou os acionistas da Duratex. "Quando foi anunciada a fusão do Itaú com o Unibanco, achei que tínhamos tudo para dar certo também", disse Seibel.

Com o anúncio da associação entre a Duratex e da Satipel, as cotações dos papéis das duas empresas dispararam. Na avaliação do professor de Finanças da Fundação Dom Cabral, Haroldo Vale Mota, a operação é positiva para os minoritários das duas companhias, por causa da sinergia. "Duratex e Satipel vão ganhar musculatura para competir globalmente, ao formarem a maior empresa de painéis de madeira do Hemisfério Sul e uma das maiores do mundo", disse Mota.

Além disso, segundo Mota, No mercado interno, a produção em maior escala fará com que a nova empresa esteja mais preparada para atender com mais eficiência à demanda por painéis de madeira para a produção de imóveis para as classes C e D, impulsionada pelo programa "Minha Casa, Minha Vida".

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Senado deve votar PL que beneficia construtoras do Minha Casa, Minha Vida


Por: Gladys Ferraz Magalhães
22/06/09 - InfoMoney

SÃO PAULO - A Medida Provisória 460/09, transformada no Projeto de Lei de Conversão 12/09, deve ser votada na próxima terça-feira (23) no Plenário do Senado. A proposta tranca a pauta da casa e tem prioridade nas votações.

Aprovada com várias modificações na Câmara dos Deputados, a Medida concede benefícios fiscais para construtoras de imóveis participantes do programa Minha Casa, Minha Vida.

Diferentemente do projeto original que restringia os benefícios tributários às obras já iniciadas em 31 de março deste ano, com as alterações da Câmara, as obras contratadas a partir da referida data também serão beneficiadas.

Tributos
A medida, contudo, só vale para as construções de até R$ 60 mil, sendo que para cada incorporação submetida ao regime especial de tributação, a incorporadora deverá pagar o equivalente a 6% da receita mensal recebida.

O percentual correspondente ao pagamento unificado dos tributos, que incluem o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), PIS/Pasep, Cofins e CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido), segundo publicado pela Agência senado, será igual a 1% da receita mensal obtida.

O pagamento dos impostos será considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora. Segundo o texto aprovado na Câmara, o pagamento unificado de impostos deverá ser feito até o 20º dia do mês subsequente ao que houver sido auferida a receita.

Outros benefícios
Além das habitações do programa Minha Casa, Minha Vida, a medida beneficia outros produtos. É o caso das cadeiras de rodas, próteses, que ganharão isenção da Cofins e do PIS/Pasep.

O projeto também permite a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de carro novo por portadores de deficiência auditiva, com perda mínima de 41 decibéis nos dois ouvidos.

Outro beneficio é a redução de 3% para zero da alíquota da Cofins incidente sobre a receita bruta de venda das motocicletas de até 150 cilindradas. O incentivo, cujo objetivo é estimular o setor e evitar demissões, abrange as motos nacionais e importadas e tem validade para os meses de abril a junho de 2009.

Cigarro
O único amento previsto pela proposta recai sobre os cigarros. Para a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep, o coeficiente multiplicado passa de 1,98 para 3,42, uma alta de 72%. Já a base de cálculos para a Cofins fica em 291,69%, ante os 169% cobrados anteriormente.

O aumento que tem como objetivo não só combater o tabagismo, mas também compensar a renúncia fiscal decorrente das reduções de impostos contidas na medida, entram em vigor a partir de 1º de julho de 2009.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Seguro habitacional entra no "Minha Casa"

Panorama Brasil
jornal DCI


BRASÍLIA - Os financiamentos de imóveis pelo programa "Minha Casa, Minha Vida" do governo federal poderão ter seguro habitacional, que custará até 10% da prestação, de acordo com a redação final da Medida Provisória 449/09, que cria o programa do governo federal e foi aprovada terça-feira pelo Senado.

Todos os consumidores poderão ter a cobrança. A mensalidade mínima de R$ 50, hoje, pode passar a ser de R$ 55 para quem tem renda mensal de até três salários mínimos. Para entrarem em vigor, as regras ainda precisam ser aprovadas pelo presidente Lula. O Senado e a Câmara já autorizaram.

Até agora, por erro de redação do governo, todos os financiamentos do "Minha Casa, ..." têm seguro gratuito. Assim, quem já assinou um contrato da casa própria pelo programa conseguiu ser liberado da cobrança extra, que, nos financiamentos habitacionais da Caixa, custa até 34% da prestação.

A cobrança do seguro habitacional nos financiamentos feitos pelos bancos varia de acordo com o cliente e, quanto mais idade o mutuário tem, maior é o valor da prestação. Segundo a secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, o cálculo do seguro poderá variar de acordo com a renda do mutuário.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Secovi: valor do aluguel na cidade de São Paulo aumenta 11,1% em um ano



Por: Roberta de Matos Vilas Boas
18/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - O valor do aluguel residencial na cidade de São Paulo registrou, nos últimos 12 meses terminados em maio, alta acumulada de 11,1%.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, divulgada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta quinta-feira (18), o percentual é superior ao dos índices que medem o comportamento da inflação ao consumidor no período, como o IGP-M, da FGV (Fundação Getulio Vargas), que apresentou variação de 3,6% no período.

Preço varia por região
Vale lembrar que os dados da pesquisa estão disponibilizados em faixas de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação.

Para um imóvel de três quartos na Zona Norte, em bom estado, por exemplo, o aluguel do metro quadrado está entre R$ 10,95 e R$ 11,14; uma moradia de 90 metros quadrados teria, portanto, sua locação entre R$ 985 e R$ 1.003.

Variação mensal
Considerando o quinto mês de 2009, o valor do aluguel residencial na capital paulista subiu 0,3%, na comparação com abril.

De acordo com o levantamento, os aluguéis de imóveis com dois dormitórios foram os únicos que mantiveram o mesmo patamar de preços de abril. As unidades de três dormitórios apresentaram os maiores aumentos, de 0,8%, enquanto o aluguel das moradias de um dormitório teve incremento de 0,4%.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Minha Casa": programa é aprovado pelo Senado; só falta a sanção de Lula


Por: Equipe InfoMoney
17/06/09


SÃO PAULO - Na noite da última terça-feira (16), o programa habitacional do Governo, "Minha Casa, Minha Vida", foi aprovado no Senado. Agora, a matéria será encaminhada para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A medida, prevista na MP (Medida Provisória) 459/09, prevê a construção de 1 milhão de unidades habitacionais para famílias com renda mensal de até dez salários mínimos.

O relator da matéria, senador Gim Argello (PTB-DF), havia recomendado a aprovação da medida, que passou pelo Senado sem emendas, mantendo as mudanças feitas pela Câmara dos Deputados, de acordo com a Agência Senado.

Projeto de Lei de Conversão
O que a casa aprovou foi o PLV (Projeto de Lei de Conversão) 11/09, que ditou mudanças na MP editada pelo Executivo. O projeto mudou a determinação de que apenas municípios de até 100 mil habitantes seriam beneficiados.

Com a mudança, agora qualquer cidade pode aderir ao programa. O projeto ainda inseriu no texto inicial que R$ 1 bilhão sejam destinados a municípios com população de até 50 mil habitantes, sendo que aqueles com renda de até três salários mínimos terão prioridade.

Faltam 6,5 milhões de casas em cidades
O déficit habitacional do país alcança 7,9 milhões de unidades, de acordo com dados do Ministério das Cidades. Aproximadamente 82% desse total, ou 6,5 milhões de moradias se concentram em áreas urbanas.

Segundo os dados, 99,1% desse déficit se concentra na população cuja renda não ultrapassa dez salários mínimos, foco do programa aprovado pelo Senado.

O "Minha Casa, Minha Vida" agrega programas habitacionais existentes, como o PNHU (Programa Nacional de Habitação Urbana) e o PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural).

Regulamentação saiu na segunda
Na última segunda-feira (15), o Diário Oficial da União já havia publicado resolução de regulamentava o programa.

O documento esclarecia que o programa habitacional tem como objetivo tornar a moradia acessível para a população com renda mensal bruta de até R$ 1.395, organizada em cooperativas habitacionais ou mistas, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos.

Além disso, instituiu que pessoas físicas terão desconto variável na concessão de financiamento, de acordo com a capacidade de pagamento, sendo que a prestação será correspondente a 10% da renda familiar mensal bruta ou R$ 50, o que for maior.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Setor de imóveis vê avanços em área comercial

Fabíola Binas
Jornal DCI

SÃO PAULO - Aproveitando a onda de recuperação da construção civil, as empresas do setor anunciam novos passos de sua área comercial. A Rossi, por exemplo, vai inaugurar este mês um estande de vendas dentro do Shopping Continental, na cidade de Osasco. A intenção é atender a clientela interessada em adquirir unidades no Osasco Prime Center, complexo comercial que será ligado aos dois shoppings da região.
O empreendimento terá duas torres, cada uma com 28 andares e escritórios de até 526 metros quadrados - as menores salas do projeto têm 35 metros quadrados.
A Living Construtora comemora a venda total de um de seus empreendimentos em quatro dias. Ao todo, foram vendidos os 116 apartamentos do Vitória Pirituba, a um valor médio de R$ 95 mil cada.
O valor geral de vendas do condomínio está calculado em mais de R$ 10 milhões, no bairro da zona norte da capital paulista. A Living fez lançamentos que somam R$ 1,4 bilhão até hoje, em um total de 18 mil unidades, das quais 80% foram comercializadas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

No Sudeste, construir ficou mais caro em maio: R$ 745,64 por metro quadrado

Por: Gladys Ferraz Magalhães
10/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Os consumidores do Sudeste foram os que mais desembolsaram na hora de construir um imóvel no mês passado. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira (10), revela que o custo do metro quadrado na região chegou a R$ 745,64, incluindo materiais e mão-de-obra, enquanto que o custo médio nacional atingiu R$ 699,15 no quinto mês do ano.
Em seguida estão as regiões Norte, com valor de R$ 689,88; Sul, com metro quadrado a R$ 679,60; e Centro-Oeste, com R$ 664,27. Os moradores do Nordeste, por sua vez, são os que pagaram menos na hora de construir no mês passado: R$ 655,03.
Altas
A região Sudeste foi a que apresentou maior alta em relação a abril. Em maio, os moradores da região gastaram com a construção 2,16% a mais do que no mês anterior. Os brasileiros da região Centro-Oeste também sentiram a alta dos custos que, no quinto mês do ano, subiram 1,59%.
Os sulistas pagaram 0,81% a mais para construir, enquanto que os que vivem no Norte do País desembolsaram 0,61% mais. Os nordestinos foram os que menos sentiram a alta nos preços, que variaram 0,26% na região, no mês passado.
A variação média nacional ficou em 1,30% no quinto mês do ano.Por estadoAnalisando os dados por estado, o Acre disparou em maio, com alta de 5,61%. No acumulado de doze meses, o estado também foi destaque, visto que registrou a maior alta, de 15,34%, nos custos do metro quadrado de construção, seguido pelo Amazonas com 14,17%.
No mês passado, o estado que ganhou o prêmio de metro quadrado mais caro foi o Rio de Janeiro. Para se construir lá, foi preciso desembolsar R$ 787,34. No mesmo mês, o valor médio no Rio Grande do Norte foi o menor: R$ 609,92.
Análise
O Índice Nacional da Construção Civil engloba o preço dos materiais, que ficaram 0,13% mais caros em maio, apontando um recuo de 0,11 ponto percentual sobre abril (0,24%), sendo esta a menor variação desde junho de 2007.
A mão-de-obra, por usa vez, apresentou forte aceleração, passando de 0,43% para 2,94%, entre abril e maio, como reflexo dos reajustes salariais ocorridos no período.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Com medidas do governo, empresários da construção ficam menos pessimistas

Por: Luana Cristina de Lima Magalhães
09/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Os empresários da construção civil estão menos pessimistas em relação ao desempenho da economia e de suas empresas, diante do atual cenário econômico desfavorável, em boa parte devido à série de medidas governamentais favoráveis ao setor, como a recente desoneração dos materiais de construção e o programa Minha Casa, Minha Vida.
Isso é o que comprova a 39ª Sondagem da Construção, realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV Projetos em maio, com 241 empresários da construção de todo o País.
Segundo a pesquisa, que é trimestral, em uma escala de 0 a 100 (valores abaixo de 50 são interpretados como desfavoráveis e acima de 50, como otimistas), a confiança com relação ao desempenho das empresas ficou em 45,9 pontos, o que denota uma alta de 9,9% ante a última sondagem, realizada em fevereiro.
A avaliação das empresas paulistas ficou um pouco abaixo da nacional, atingindo 45,5 pontos. No entanto, a alta é de 12% ante ao levantamento anterior.
Confiança na economiaA expectativa quanto ao crescimento econômico, por sua vez, se elevou 48,2%, no quinto mês do ano, atingindo 35 pontos.
Já a confiança na condução da política econômica somou 51,9 pontos em maio, ficando, portanto, acima dos 50 pontos, o que denota uma alta de 26,1%, e as perspectivas de desempenho ficaram em 52,5 pontos, alta de 28,3%.
Entretanto, o índice que apresentou a maior pontuação foi o da inflação reduzida, que registrou 62,3 pontos, um aumento de 14,6%.
Por outro lado, houve queda, de 4,9%, nas perspectivas de evolução de custos, que registraram 54,8 pontos. O indicador de dificuldades financeiras atingiu 56,7 pontos, o que também denota uma queda de 4,2%.
Análise
A pesquisa revela que os empresários continuam acreditando que a construção será menos afetada do que a economia como um todo. A melhora no item perspectivas de desempenho mostra que os empresários acreditam na aceleração da atividade econômica nos próximos meses. Mais uma vez, esse otimismo relativo foi maior em São Paulo do que na média nacional.
Um aspecto interessante refere-se ao item perspectivas de evolução de custo, que registrou uma aparente piora observada na comparação trimestral, resultado que foi influenciado pelas negociações salariais que ocorreram no Estado de São Paulo. Por conta disso, a comparação anual é mais precisa e mostra forte evolução, resultado do recuo dos preços de materiais verificado nos últimos meses.
A melhora da avaliação dos empresários sobre o ambiente macroeconômico foi resultado de um ajuste de expectativas, que minorou o pessimismo excessivo registrado nas rodadas anteriores da pesquisa. Entre fevereiro e maio, melhorou muito a avaliação do setor quanto à política econômica e às perspectivas de inflação baixa.
No caso desta última variável, o avanço ocorreu também na comparação anual, com um pouco menos de otimismo no Estado de São Paulo em relação à média nacional. As boas perspectivas com relação ao crescimento econômico avançaram, embora permaneçam no campo pessimista. Além disso, a melhora no indicador de perspectivas de evolução dos custos das construtoras indicou otimismo.
Resultados
Observe na tabela as variações dos itens que compõem a pesquisa realizada com 241 empresários da construção de todo o País:
Perspectiva
Variação trimestral

Desempenho da empresa / 9,9%
Dificuldades financeiras / -4,2%
Perspectivas de desempenho / 28,3%
Perspectivas de evolução de custos / -4,9%
Condução da política econômica / 26,1%
Inflação reduzida / 14,6%
Crescimento econômico / 48,2%

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Com juro em queda, imóvel volta a atrair

Para especialistas, baixa liquidez e riscos de alugar são as principais desvantagens dessa modalidade de investimentoMercado cria novas opções, como fundos, prédios comerciais e hoteleiros, destinadas a quem deseja aplicar recursos em imóveis

O engenheiro Patrick Matthias, que compra, reforma e revende imóveis com o objetivo de elevar o rendimento de suas economias


DENYSE GODOYDA REPORTAGEM LOCAL
Jornal Folha de São Paulo
A recente trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic) e a expectativa que mude definitivamente, nos próximos anos, o nível no qual os juros brasileiros oscilam estão reacendendo o interesse pelo investimento em imóveis, tido nos últimos anos como a aplicação mais conservadora.
Antes da criação do Plano Real, em 1994, a inflação galopante explicava por que a classe média buscava proteger a maior parte das suas economias adquirindo casas, apartamentos e terrenos.
Com a estabilização da moeda, outros tipos de aplicação ganharam força, mas o investimento em imóveis para alugar nunca deixou de fazer parte da cultura nacional. Com retorno que varia de 0,5% a 1% do valor do bem por mês, segundo estimativas do setor, volta a parecer atraente na comparação com as demais categorias.
Os fundos DI renderam 0,87% no período de 30 dias até 2 de junho, de acordo com a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), enquanto os de renda fixa deram 1,08%. O ganho da poupança foi de 0,545% no mês passado.
Apesar desses números, muitos especialistas não consideram investir em imóveis uma boa ideia.
"Tem pouca liquidez -ou seja, é difícil e demorado se desfazer do ativo- e o proprietário fica muito ao sabor do movimento de oferta e demanda", diz Haroldo Vale Mota, professor da Fundação Dom Cabral.
"Um empreendimento de qualidade em local promissor até oferece boa rentabilidade. No entanto, logo surgem outros prédios ao redor e o retorno cai drasticamente. Fora os gastos com a contratação de imobiliárias para ajudar na administração, os riscos que um inquilino desonesto oferece e as perdas sofridas nos tempos em que o imóvel está desalugado. É uma ilusão achar que essa é uma alternativa segura.
"Novas possibilidades para quem resolveu diversificar a carteira de investimentos comprando imóveis, o mercado apresenta produtos mais sofisticados que têm como objetivo diminuir as desvantagens da modalidade.
Um deles é o fundo de investimento imobiliário. Ainda pouco conhecido, esse tipo de fundo emprega os recursos dos cotistas na aquisição de empreendimentos residenciais ou comerciais, como shopping centers, que serão alugados. A vantagem é ter acesso a imóveis somente disponíveis a grandes investidores e tentar obter, dessa maneira, lucros maiores.
Mesmo sozinhas, as pessoas físicas podem buscar os imóveis comerciais. Nesse caso, procurando prédios menores, começa-se com capital de R$ 200 mil a R$ 300 mil. "Tendo empresas como inquilinos e um bom contrato, o risco diminui bastante", afirma Guilherme Rossi, presidente da incorporadora GR Properties.
Do seu catálogo fazem parte galpões industriais e uma nova espécie de minicentro comercial aberto que reúnem estabelecimentos de conveniência e serviços em bairros residenciais de São Paulo.
Também há novidades no segmento de veraneio. Comuns nos EUA e na Europa, os condo-hotéis estão chegando ao Brasil. Por tal modelo, o investidor adquire uma casa ou apartamento em zona turística, tem direito de usufruir dele por um período determinado de dias durante o ano e, no restante do tempo, o imóvel é administrado como dependência de hotel por uma companhia do ramo.
O grupo português Pestana deve entregar neste mês, em Salvador, um empreendimento do gênero, com 98 apartamentos que custam entre R$ 250 mil e R$ 1,2 milhão. "Trata-se de uma maneira de investir em imóvel e turismo ao mesmo tempo", comenta Patricia Judice de Araújo Esteves, diretora da imobiliária Judice & Araújo, que negocia unidades do edifício no Rio de Janeiro. "O proprietário recebe 50% da receita líquida de hospedagem do hotel distribuída de acordo com a área do apartamento, sendo que nos primeiros cinco anos o realizador garante um mínimo de 6% ao ano."Já os mais ousados e capitalizados podem seguir o exemplo do engenheiro Patrick Matthias, 40. Há três anos, depois de reformar o seu próprio apartamento, ele recebeu uma proposta sedutora pelo imóvel e acabou vendendo-o. Surgiu daí a ideia de um negócio.Matthias fez da aquisição, remodelação e revenda de imóveis residenciais para a classe alta a sua principal ocupação. Negociando um a cada três meses, o engenheiro comanda pessoalmente a equipe de pedreiros que realiza as melhorias nas residências. "Meu prazer é colocar a mão na massa", diz.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Aluguéis: renovar é mais vantajoso do que procurar novo imóvel, diz Secovi-SP

Por: Gladys Ferraz Magalhães
05/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Quem mora de aluguel sabe, quando chega o período de aniversário do contrato sempre surge a dúvida: continuar onde está ou procurar um novo imóvel? Segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), se a ideia é economizar, a primeira opção é a mais vantajosa.
Dados preliminares do levantamento mensal de valores de locação, realizado pela entidade, indicam que o aumento dos preços médios do aluguel em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, na capital paulista, deve ficar próximo dos 11%.
Caso a projeção se confirme, a diferença entre a valorização dos aluguéis negociados e a atualização monetária dos contratos vigentes e com direito a reajuste em junho pode superar 7%.
Em outras palavras, quem procura imóvel para alugar se depara com aluguéis cada vez mais caros, por conta da escassez de propriedades para locação. Já quem renova o contrato anual tem reajustes mais amenos, visto que o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que é o principal balizador para o reajuste de aluguéis, tem apresentado deflação nos últimos meses, acumulando variação de -1,14% entre janeiro e maio deste ano.
Aluguéis
Um indício de que as pessoas estão realmente preferindo continuar nos atuais contratos do que ir em busca de novos é a pesquisa divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), no último dia 27 de maio.
O estudo revela que a locação de imóveis residenciais caiu 9,1% entre fevereiro e março deste ano, fazendo com que o índice estadual de locação recuasse de 2,12 para 1,92 no período.
Na ocasião, os imóveis com aluguel de até R$ 600 foram os preferidos, alcançando 72,53% no ABCD, Guarulhos e Osasco. Nas cidades do interior, a proporção foi de 66,55%. Já na capital, as habitações com aluguel de até R$ 600 responderam por 49,65% do total e, no litoral paulista, por 59,81%.