quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Índice que reajusta aluguel desacelera em outubro, aponta FGV

DE SÃO PAULO

A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, desacelerou em outubro ao subir 1,01%, ante a alta de 1,15% em setembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
No ano, a variação foi de 8,98%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 8,81%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou taxa de variação de 1,30%. No mês anterior, a taxa foi de 1,60%. O índice relativo aos bens finais variou 1,53%, em outubro. Em setembro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,14%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 0,05% para 8,50%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) registrou variação de 0,83%. Em setembro, a taxa foi de 1,29%.

O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,21%. Em setembro, a taxa foi de 0,29%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou decréscimo em sua taxa de variação, que passou de 0,26% para 0,06%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,22%, ante 0,34%, em setembro.

No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas variou 2,55%, em outubro. No mês anterior, o índice registrou variação de 4,08%. Os itens algodão (em caroço) (30,97% para 2,40%), minério de ferro (0,28% para -3,83%) e bovinos (5,85% para 4,28%) foram os principais responsáveis pela desaceleração do grupo. Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: soja (em grão) (3,07% para 5,04%), mandioca (aipim) (-1,52% para 13,31%) e leite in natura (-3,39% para -0,03%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 0,56%, em outubro. No mês anterior, a variação foi de 0,34%. Seis dos sete grupos componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para alimentação (0,56% para 1,23%). Nesta classe de despesa, vale mencionar os itens: arroz e feijão (-1,63% para 7,04%), hortaliças e legumes (-4,07% para -1,70%) e laticínios (-0,01% para 1,56%).

Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos: despesas diversas (0,14% para 0,23%), habitação (0,22% para 0,28%), saúde e cuidados pessoais (0,39% para 0,45%), educação, leitura e recreação (0,17% para 0,22%) e transportes (0,11% para 0,15%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: cerveja (-0,91% para 1,67%), material para reparos de residência (0,40% para 0,88%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,79%), salas de espetáculo (0,19% para 1,63%) e álcool combustível (0,60% para 4,35%), respectivamente.

Em contrapartida, apresentou decréscimo em sua taxa de variação o grupo vestuário (0,72% para 0,67%). Nesta classe de despesa, o destaque foi o item roupas masculinas (1,40% para 0,26%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em outubro, variação de 0,15%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,20%. Os três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração: materiais e equipamentos, de 0,36% para 0,26%, serviços, de 0,32% para 0,29%, e mão de obra, de 0,04% para 0,03%.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eugenio Marketing Imobiliário lança parceria com a Burti para premedia e produção gráfica

A agência agregará novas tecnologias e mais agilidade a seu processo de produção gráfica, cujo volume ultrapassa 2,3 mil páginas por mês

 

A Eugenio Marketing Imobiliário fechou parceria com a Burti, empresa brasileira com soluções de tecnologia e impressão para o mercado de marketing, para premedia e produção gráfica. O objetivo da agência é agregar ainda mais inteligência e agilidade ao processo produtivo e reforçar o tripé qualidade, custos e prazos. Com a parceira, a Eugenio deixa a cargo da Burti os trabalhos de finalização, produção e art buyer das mais de 2,3 mil páginas de material promocional confeccionadas mensalmente. É a primeira vez que uma empresa brasileira disponibiliza este serviço ao setor imobiliário.

Entre as ações desenvolvidas estão diversas etapas da cadeia de elaboração das peças, como produção, finalização, controle, armazenamento e distribuição. Por meio do sistema VOTO, da Burti, que permite às agências a gestão de ativos digitais e do fluxo de trabalho, toda essa cadeia será automatizada, em ambiente online e colaborativo entre todos os profissionais envolvidos no desenvolvimento de campanhas.

“A Eugenio será a primeira empresa brasileira a implantar melhorias para os clientes do mercado imobiliário. Com a criação de novas ferramentas de tecnologia teremos mais agilidade no processo, além de aprimorarmos a qualidade na finalização do trabalho. Isso tudo gera incremento de receitas”, comenta Odemir Putini, vice presidente do Grupo Eugenio.

O vice-presidente executivo da Burti, Leandro Burti, destaca que ainda estarão disponíveis para a agência outros serviços da Burti como, por exemplo, a BurtiPix, com soluções voltadas à internet (websites, hotsites e banners, entre outros), bem como as soluções de interatividade da ITBN, que viabiliza ações de transmídia, com integração entre todos os meios. “As atividades realizadas pela Burti permitirão que a Eugenio concentre os esforços ainda mais em ações estratégicas, como a criação e o planejamento das campanhas”, enfatiza Burti.

Fonte: Portal da Propaganda

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Valorização imobiliária aumenta financiamentos na Baixada Santista

Agência Brasil
22/10/2010 18:53


SÃO PAULO – A valorização imobiliária na Baixada Santista aumentou em 69% os financiamentos da Caixa Econômica Federal na região litorânea de São Paulo entre janeiro e outubro deste ano.

A Caixa emprestou R$ 645 milhões, valor 69,1% maior que o investido no mesmo período de 2009, quando foram empenhados R$ 381,6 milhões na mesma região. Os dados foram divulgados hoje pela instituição, em Santos.

De acordo com a Caixa, em quantidade de contratações, o acréscimo é de 77%. Neste ano, foram financiados 11,5 mil imóveis, ante 6,5 mil no mesmo período de 2009. No Estado de São Paulo, o financiamento imobiliário chegou a R$ 15,3 bilhões em 2010, com 200 mil contratações.

Com relação ao Programa Minha Casa Minha Vida, foram investidos na região, desde março de 2009, R$ 502 milhões na construção de 5,4 mil casas para as famílias com renda de até 10 salários mínimos.

(Agência Brasil)

Fonte: Valor Econômico





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Minha Casa, Minha Vida sobe a R$ 39 bilhões

SÃO PAULO - O total de operações da Caixa Econômica Federal (CEF) nos moldes do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", incluindo subsídios e financiamentos, somou R$ 39 bilhões até 15 de outubro deste ano. O valor refere-se à contratação de 686.313 unidades, o correspondente a 68,63% do total de um milhão de moradias previstas nesta etapa do programa.


Do total de unidades, 387.741 referem-se à faixa de até três salários mínimos de renda, 215.476 ao segmento de três a seis salários mínimos e 83.096 à fatia que contempla as famílias com renda de seis a dez salários mínimos.

Até 15 de outubro deste ano foram apresentados 6.095 projetos, o correspondente a 1.115.739 unidades. O valor total dos projetos é de R$ 66,8 bilhões.


Fonte: DCI

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aluguel residencial tem alta recorde em São Paulo em setembro

21/10/2010 - 08h31

TATIANA RESENDE

DE SÃO PAULO



O mercado imobiliário aquecido levou a um aumento de 12,8%, na média, no valor do aluguel residencial na capital paulista nos últimos 12 meses até setembro.

A variação acumulada é a maior na série histórica do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, iniciada em janeiro de 2006.

Considerando apenas setembro, o acréscimo foi de 1,7% ante agosto, com destaque para as moradias de um dormitório (2,4%).

Os dados levam em conta os contratos novos de locação. Para aqueles em andamento, com aniversário em agosto e atualização pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), mensurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento foi bem inferior (6,99%).

Para Hilton Pecorari Baptista, diretor da entidade, o movimento de alta vai durar pelo menos mais um ano e meio, mesmo com as facilidades no financiamento na compra da casa própria, porque há um público específico para a locação, como estudantes e profissionais que mudam de cidade, recém-casados e quem acaba de se separar.

O inquilino que conserva o imóvel e paga em dia, no entanto, pode tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato. Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo que faz parte da Poli/USP, ainda é difícil administrar o aluguel residencial, já que a legislação é desequilibrada a favor do locatário, dificultando a retirada imediata do inquilino em caso de inadimplência.
Por isso, completa, os investidores ainda se concentram na locação comercial.
Apesar de estar perdendo espaço, o tipo de garantia mais utilizado ainda é o fiador, que respondeu por 47,5% dos contratos assinados em setembro.
Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Imóveis com dois dormitórios em SP foram os mais comercializados em agosto

Por: Equipe InfoMoney

20/10/10 - 08h00

InfoMoney

SÃO PAULO – Os imóveis com dois dormitórios na cidade de São Paulo foram os mais comercializados em agosto. No período, o segmento registrou 805 unidades vendidas, das 1.633 colocadas à venda pelas imobiliárias, alcançando participação de 49,1% no mercado.

De acordo com a Pesquisa Secovi sobre Mercado Imobiliário, divulgada na terça-feira (19), no período foram lançados 1.053 imóveis, sendo que 758 unidades negociadas eram de imóveis com dois dormitórios, o que corresponde a 72%.



Segmentos



Os demais segmentos registraram nível de venda bem abaixo do apresentado pelo de dois quartos. Os imóveis com três dormitórios tiveram em agosto 435 unidades comercializadas, representando 26,6% do total vendido.

Já em relação aos imóveis de quatro dormitórios, 351 unidades foram comercializadas, número que representa 21,4% das vendas de agosto.



Acumulado



De janeiro a agosto, o mercado de imóveis residenciais da capital paulista registrou a venda de 21.820 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 8,9% frente aos 20.038 imóveis comercializados no mesmo período do ano passado.

Em relação ao volume de lançamentos, nos oito primeiros meses do ano, foram 17.781 unidades lançadas, alta de 25,5% em relação aos 14.167 imóveis residenciais produzidos no mesmo período de 2009.

Quando se trata de valor, de janeiro a agosto, o montante de negócios realizados chegou a R$ 8,3 bilhões, um crescimento de 29,2% na comparação com os oito primeiros meses de 2009, quando foram contabilizados R$ 6,4 bilhões.



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Alta no número de construção de novas casas surpreende mercado nos EUA

19/10/2010 - 10h38

DE SÃO PAULO

O número de construção de casas novas (housing starts) no Estados Unidos subiu 0,3% em setembro, na comparação com o mês de agosto, segundo relatório do Departamento de Comércio norte-americano divulgado nesta terça-feira. Em agosto, o número de construção de novas residências era de 608 mil (revisado), enquanto em setembro o número subiu para 610 mil.

A alta surpreende positivamente o mercado que esperava algo em torno de 583 mil novas casas.

Em setembro de 2009, o número registrado foi de 586 mil. No comparativo do ano, a queda foi de 4,1%.

Já o número de permissões de construção de novas casas (building permits) nos Estados Unidos caiu 5,6% em setembro, caindo para 539 mil, ante as 571 mil de agosto (revisado). O consenso de mercado tinha expectativa de que o número ficaria em torno do 569 mil.

Em setembro de 2009, as permissões chegaram a 605 mil, queda de 10,9% acima do registrado no último mês pela economia americana.


Fonte: Jornal Folha de São Paulo




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Imobiliárias preferem a adoção do seguro-fiança

CAROLINE PELLEGRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

17/10/2010 - 14h56


Além do fiador, outras modalidades de garantia conquistam espaço nos contratos de locação.

O seguro-fiança é a preferida por muitas imobiliárias, mas pesa no bolso do inquilino -custa cerca de 1,5 aluguel por ano, quantia que não é retomada pelo cliente.

"Para a imobiliária, a garantia é certa e o recebimento é rápido", afirma a dona da Ponto Chave Imóveis, Roseli Barbosa, 44.

"No caso do fiador, além da demora da ação de despejo e da execução, a garantia fica enfraquecida se o fiador vende o imóvel, morre ou dificulta a penhora afirmando que é bem de família."

O depósito caução também é opção para o locatário, mas ele precisa dispor de três aluguéis antecipados.

Para o advogado e diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (sindicato do setor), Jaques Bushatsky, o uso predominante de fiadores em contratos de locação é mesmo motivado por não haver custos imediatos.

"É a modalidade mais utilizada, pois não envolve dinheiro na contratação", diz.

Números do sindicato mostram que, em agosto, o fiador foi adotado em 48% dos contratos de locação pesquisados pela instituição em imobiliárias paulistas.

O segundo tipo de instrumento jurídico garantidor mais requisitado foi o depósito caução, que representou 32% do total. O seguro-fiança foi utilizado em 20% das moradias locadas.

Na Lello Imóveis, que administra cerca de 9.000 imóveis, o fiador foi o mais utilizado nos contratos de locação em setembro (62%).

O seguro-fiança foi opção em 24% dos casos, a caução em dinheiro em 11% e tipos menos comuns, como carta-fiança emitida por um banco e a caução de imóveis, representaram 3%.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Brasil Brokers faz parceria com HSBC para crédito imobiliário

15/10/2010 - 08h19
DE SÃO PAULO


A Brasil Brokers anunciou na madrugada desta sexta-feira parceria com o HSBC para financiamento imobiliário. O acordo tem prazo de cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco. A instituição financeira pagará à companhia uma comissão por cada operação de crédito acertada durante a parceria.

"O HSBC realizará o pagamento em parcelas do valor de R$ 45 milhões para a Brasil Brokers a título de antecipação de comissões pelo prazo original do contrato", informou a Brasil Brokers em comunicado ao mercado.

No primeiro semestre, a Brasil Brokers teve vendas contratadas de R$ 7,2 bilhões. O grupo, mantém presença em 15 Estados do país e no Distrito Federal, contando com uma força de vendas de mais de 12 mil corretores. No Brasil, o HSBC está presente em 564 municípios com mais de 5,7 milhões de clientes.

 
Fonte: Jornal Folha de São Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Imóvel para faixa mais alta do "Minha Casa" sobe de preço e afeta programa


Samantha Maia
De São Paulo

13/10/2010


A forte valorização do mercado imobiliário tornou mais difícil encontrar imóveis abaixo de R$ 130 mil, valor teto do programa Minha Casa, Minha Vida , nas regiões metropolitanas. Apartamentos na cidade de São Paulo, que antes se enquadravam no programa, estão sendo vendidos hoje por preços acima do teto e deixando de servir ao público com renda até dez salários mínimos. No bairro Ipiranga, na zona sul da capital paulista, no fim do ano passado, os apartamentos de dois quartos do edifício Pinhal III foram vendidos por R$ 126 mil no lançamento. Hoje, as últimas unidades estão à venda por R$ 195 mil, uma valorização de 55%.

Fernando Leal, proprietário da consultoria GPI Imóveis, responsável pela comercialização do empreendimento, diz que a razão da elevação do preço é o aumento de custo. "Hoje não é possível construir um apartamento igual por menos que isso", diz.

No lançamento do programa habitacional, em abril de 2009, a maior preocupação das construtoras era a viabilidade de investir em imóveis para atender famílias com renda até três salários mínimos dentro do preço teto - cerca de R$ 50 mil. Hoje, nos grandes centros, porém, já se fala em dificuldade para atender todas as faixas, e o preço dos terrenos é o maior fator de pressão de custo.

O desempenho dos investimentos para as faixas mais altas do programa - de seis a dez salários mínimos - está, inclusive, aquém do voltado para a baixa renda. Segundo o mais recente balanço da Caixa Econômica Federal, de 27 de setembro, a efetivação dos contratos (assinatura de financiamento pelas famílias) alcançou 75% da meta no grupo de zero a três salários mínimos, 69% na faixa de três a seis salários, e 39% entre seis e dez mínimos. O número de propostas apresentadas para a faixa de zero a três salários mínimos ultrapassou em 54% a meta, enquanto para a faixa de três a dez mínimos, as propostas representam 79% da meta.

Construtoras relatam que já é quase impossível construir imóveis de até R$ 130 mil na cidade de São Paulo. "Está muito perto do limite na capital. Temos um lançamento previsto em São Paulo no Minha Casa, Minha Vida, mas deve ser um dos últimos", diz o diretor de marketing da construtora Cury, André Camargo. O empreendimento fica em Vila Prudente, zona leste de São Paulo. A empresa tem hoje 10,5 mil unidades em andamento pelo programa, das quais, 6,5 mil para o público com renda de três a dez salários mínimos.

Segundo o diretor da Cury, mesmo na periferia está complicado por conta da valorização do terreno, principal custo na construção. Em Itaquera, zona leste da capital, por exemplo, o aumento do preço em um ano foi de cerca de 35%, de acordo com a construtora. "Já não dá mais para construir apartamentos com três quartos dentro do preço-limite do programa", diz ele. Uma das saídas adotadas recentemente pela Cury para reduzir custos é enxugar a área de lazer.

A construtora MRV também tem dificuldades para desenvolver novos projetos até R$ 130 mil. "Teoricamente é possível construir dentro desse valor, mas na prática estamos no limite", diz Leonardo Corrêa, diretor-executivo da MRV.

Na região metropolitana de São Paulo, a valorização dos imóveis de dois quartos dentro do preço do programa foi de 11%, desde meados de 2009, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), especializada em consultoria imobiliária. O percentual está acima da inflação do período, de 4,5%.

"É um aumento significativo dentro desse perfil, justamente onde não deveria, já que o programa é para combater o déficit habitacional", diz Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp. Mesmo que o empreendimento tenha sido financiado pela Caixa como parte do Minha Casa, Minha Vida (aparecendo entre as propostas em análise no balanço da Caixa), se ele ultrapassa o valor de R$ 130 mil depois de lançado, o comprador não consegue mais adquirir utilizando os subsídios do governo.



FONTE: VALOR ECONÔMICO






quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Antes degradada, região do Baixo Augusta vira alvo de construtoras

Nos próximos dois anos, eixo entre as Ruas Augusta e Frei Caneca vai receber 2,5 mil moradores; procura justifica m² a R$ 6 mil
11 de outubro de 2010
3h 38

Rodrigo Brancatelli e Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo


Até há pouco tempo símbolo da degradação urbana do centro de São Paulo, a região conhecida como Baixo Augusta virou o novo alvo do mercado imobiliário. São oito prédios residenciais em construção em um raio de 1,5 km entre as Ruas Bela Cintra, Manuel Dutra e Álvaro de Carvalho. O processo vai levar à região, ao longo dos próximos dois anos, mais de 2,5 mil moradores - número 450% maior do que nos sete anos anteriores.

Esse boom imobiliário na região é motivado em grande parte pelo rejuvenescimento desencadeado por quem agora ocupa suas calçadas toda noite. Nas Ruas Augusta e Frei Caneca, o democrático vaivém de baladeiros, cinéfilos, metaleiros, emos e estudantes de moda já ganhou a companhia do movimento frenético de caminhões, sacos de areia e betoneiras.

Com o aumento no número de restaurantes, cafés, bares e lojas no Baixo Augusta, os lançamentos vêm atender a uma demanda reprimida de pessoas que agora querem morar no centro. Uma tendência inédita desde o ápice do abandono do centro paulistano, na década de 1990. Para efeito de comparação, houve apenas um lançamento nesse perímetro nos últimos três anos.

Além de se inverter, essa tendência de ocupação da região é forte. Segundo levantamento exclusivo da Lopes Inteligência de Mercado, de todas as unidades lançadas na Bela Vista apenas 4,3% ainda estão disponíveis para a venda. Trata-se de um índice de sucesso de vendas sem comparação na cidade - até mesmo se comparado com outra áreas supervalorizadas e procuradas, como os Jardins e Higienópolis.

Liquidez. Ainda em fase de acabamento, as três enormes torres da construtora Trisul na Rua Frei Caneca estão praticamente liquidadas. Só há uma unidade à venda - as outras 323 foram comercializadas, e quase metade somente no lançamento, em 2008.

No fim do ano passado, um prédio da construtora Requadra na Rua Paim, travessa da Frei Caneca, teve absolutamente todas as 256 unidades vendidas em duas horas - o equivalente a dois apartamentos negociados a cada minuto. "A procura é enorme. Muita gente que demorava muito para chegar ao trabalho quer agora morar no centro, em uma região que tem tudo por perto", explica o administrador de carteira da empresa, Jackson Batista da Silva.

A Requadra já tem outro lançamento em um terreno vizinho, com 250 unidades. No próximo ano, lança mais uma torre na Rua Paim. "Os prédios vão ocupar áreas que antes eram um amontoado de cortiços. Vai valorizar muito", afirma Silva.

Em breve, o mesmo endereço ainda recebe um quarto empreendimento, da incorporadora AAM. A empresa já comprou uma série de imóveis na rua - em sua maioria, casas antigas e pequenos cortiços.

Preços. Essa forte procura por apartamentos na região já provoca uma valorização que se aproxima à das áreas mais nobres da cidade. Os novos empreendimentos que estão sendo erguidos por ali têm o preço do metro quadrado entre R$ 5,3 mil e R$ 6 mil, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). "Isso é o equivalente a bairros como a Vila Madalena, Brooklin e até Moema", diz Luiz Paulo Pompeia, diretor de estudos especiais da Embraesp.

A onda de valorização também alcança imóveis mais antigos. Um apartamento de dois dormitórios, que em 2005 custava R$ 150 mil, hoje vale mais que o dobro, cerca de R$ 350 mil. A expectativa do mercado agora é que esse fenômeno comece a se irradiar para o centro mais antigo, revitalizando assim ruas e prédios que estão praticamente abandonados na região.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sudeste ainda é a região mais cara para construir: R$ 798,44 por metro quadrado



Por: Camila F. de Mendonça

07/10/10 - 10h25

InfoMoney



SÃO PAULO - Moradores da região Sudeste foram os que mais desembolsaram na hora de construir um imóvel no mês passado. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quinta-feira (7), revela que o custo do metro quadrado na região chegou a R$ 798,44, incluindo materiais e mão de obra, enquanto que o custo médio nacional atingiu R$ 757,86 em setembro.

Em seguida estão as regiões Norte, onde o valor do metro quadrado alcançou R$ 770,99, Sul, com o metro quadrado a R$ 741,81, e Centro-Oeste, onde os custos atingiram R$ 741,41. Os moradores do Nordeste, por sua vez, foram os que pagaram menos na hora de construir no mês passado: R$ 707,24.

Em setembro, a maior variação mensal dos custos ficou com a região Norte, onde os custos ficaram 1,78% mais caros. Já a variação do Centro-Oeste foi a menor do mês, de 0,16%. Por sua vez, no Nordeste, o índice variou 0,21%; no Sudeste, 0,25%; enquanto no Sul a variação foi de 0,17%.



Por estado



Ao analisar os dados por estado, o Pará registrou a maior variação mensal, de 3,93%, devido aos reajustes salariais. Roraima também registrou uma variação elevada, de 2,30%.

Na outra ponta, as menores elevações ficaram com Mato Grosso do Sul, onde os custos registraram alta de 0,04%. Mato Grosso, Distrito Federal e Acre empataram com variação de 0,10% em setembro.

No acumulado do ano, Pernambuco (1,50%) e Rio Grande do Norte (2,39%) apresentaram os menores índices. Já Rondônia registrou aumento de 16,77% nos custos da construção em nove meses.

Com relação ao estado mais caro para se construir, o Rio de Janeiro, com R$ 838,45, aparece em primeiro lugar. Por outro lado, o Rio Grande do Norte registrou o menor custo, de R$ 653,25.


Índice



O Índice Nacional da Construção Civil engloba o preço dos materiais, que ficaram 0,41% mais caros em setembro, e da mão-de-obra, que apresentou variação de 0,27% no período analisado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Adesões a consórcios crescem 7,8% até agosto, diz Abac


Eduardo Laguna
Valor

05/10/2010 18:24


SÃO PAULO – As novas adesões ao sistema de consórcio mostraram crescimento de 7,8% nos oito primeiros meses deste ano, quando as vendas de novas cotas pelas administradoras do setor atingiram 1,39 milhão.

No mesmo período de 2009, a comercialização de participações em consórcios em diversas áreas havia registrado 1,29 milhão de novas cotas, informou a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

O destaque continua sendo o consórcio para compra de carros de passeio e utilitários, cuja adesão cresceu 24,5% de janeiro a agosto, período em que 357,7 mil novas cotas foram vendidas. Os números da Abac mostram que o total de participantes nesses consórcios já supera 1 milhão de pessoas, com crescimento de 13,1% em um ano.

No caso dos consórcios para aquisição de motos, as adesões cresceram em 3,2%, para 792 mil novas cotas, enquanto nos consórcios de veículos pesados (como caminhões e ônibus), houve estabilidade, permanecendo em 27 mil adesões nos oito primeiros meses do ano.

O balanço ainda aponta crescimento de 6,9% nas vendas de novas cotas de consórcios no setor imobiliário, que somou mais 144,5 mil adesões. No total, 563,8 mil pessoas no país estão comprando imóveis por meio dessa via.

Para a entidade, o aumento da renda entre as classes sociais que estão na base da pirâmide e a ascensão da classe C explicam o resultado das administradoras.

Os consórcios relacionados a áreas de serviços, que começaram a operar em abril de 2009, somam agora 5,2 mil participantes, com 3,68 mil adesões neste ano.

Na contramão dos números positivos mostrados pelo setor, as vendas de participações em consórcios para compra de eletroeletrônicos caíram 4,8%, marcando 63,5 mil novas adesões até agosto.

(Eduardo Laguna Valor)









terça-feira, 5 de outubro de 2010

Crédito imobiliário deve evoluir mais que crédito para consumo, prevê Serasa

Por: Camila F. de Mendonça

05/10/10 - 08h37

InfoMoney


SÃO PAULO – As concessões de crédito imobiliário devem seguir tendência contrária a verificada nas concessões de crédito para consumo, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Perspectiva de Crédito ao Consumidor, divulgado nesta terça-feira (5).

Segundo a Serasa, as concessões feitas com recursos livres devem subir ao longo dos próximos meses, porém, em ritmo lento. Contudo, a evolução das concessões de crédito imobiliário deve ser mais acelerada.

O indicador mostra que, em agosto, a perspectiva de concessão de crédito ao consumidor para os próximos seis meses recuou 1,9% e atingiu o valor de 101,5. Esta é a sexta queda seguida.

Tal queda mostra, segundo os técnicos da Serasa, que as concessões devem crescer, porém, em ritmo menor que o verificado no primeiro semestre do ano.



Consumo X Imóvel



As operações de crédito com recursos livres são, na maioria, voltadas ao consumo. Já as concessões de crédito imobiliário são feitas basicamente com recursos direcionados.

De acordo com técnicos da Serasa, a disposição do consumidor em aumentar seus níveis de endividamento permanece elevada, devido a maior confiança e mercado de trabalho em momento favorável.

Com isso, as concessões de crédito imobiliário devem continuar se destacando na evolução da carteira de crédito do sistema financeiro às pessoas físicas



Sobre o indicador



O Indicador Serasa Experian de Perspectiva de Crédito ao Consumidor tem o objetivo de antever, em um horizonte de seis meses, as concessões reais de crédito ao consumidor.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A explosão do mercado imobiliário

Roseli Hernandes
04/10/10 - 00:00

Nos últimos dois anos, o aquecimento da economia, o aumento do poder aquisitivo da população, a ascensão da classe C, a redução das taxas de juros e o expressivo aumento da oferta de crédito criaram um cenário extremamente favorável para o mercado de imóveis. Em São Paulo, bem como nos municípios em seu entorno, a expansão da malha viária e da rede de transportes metropolitana, com a inauguração do trecho sul do Rodoanel e de novas estações de trem e de metrô permitiram uma grande valorização de boa parte dos imóveis residenciais e comerciais.

 
O aumento da demanda trouxe um boom de lançamentos e, especialmente no último ano, maior quantidade de imóveis usados colocados à venda, seja porque seus proprietários desejaram realizar imediatamente o lucro pela valorização ou porque, em outros casos, decidiram mudar para apartamentos ou casas maiores ou mais bem localizadas. O fato é que o mercado paulistano nunca esteve tão movimentado, com inúmeras possibilidades para quem deseja comprar para morar, revender ou alugar. O setor está mais do que nunca atraente, mas é preciso prudência e análise para que se possa fazer o melhor negócio.



Com tantas ofertas e opções, é natural que muitos tenham dúvida de em qual ficha apostar. E, regra geral, há uma percepção generalizada de que, para morar ou investir, a melhor opção são os lançamentos imobiliários ou empreendimentos residenciais em construção. Muita calma nessa hora.

 
Há inúmeras ofertas interessantes em lançamentos residenciais. E vantagens: o comprador receberá um imóvel totalmente sem uso, moderno e com áreas de lazer mais sofisticadas, como fitness e varanda gourmet, dentre outros. Além disso, terá facilidade no retorno, e ganho expressivo se desejar revender a unidade próximo à data de entrega das chaves.



Mas há uma impressão equivocada de que o lançamento imobiliário é mais barato do que o imóvel usado. Proporcionalmente, na comparação do valor por metro quadrado, o preço de um imóvel pronto, usado, é de 20% a 30% menor do que o dos que estão em construção.



A maior disponibilidade de financiamento bancário, que hoje já responde por mais de 40% das vendas realizadas, contra 20% há três anos, e a possibilidade de desconto dos proprietários para agilizar o fechamento do negócio tornam atraente a compra de usados.



Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente no ato para os compradores, tão logo seja finalizada a transação financeira, sem necessidade de se aguardar por dois ou três anos até a entrega da unidade, que ainda terá de ser mobiliada e decorada, e muitas vezes depende ainda de colocação de pisos e alguns acabamentos.



Além disso, as unidades prontas podem ser visitadas "fisicamente" pelos interessados. O cliente sabe exatamente aquilo que está comprando, e inclusive sabe de antemão informações precisas, como o valor do condomínio e do IPTU, e por isso a chance de arrependimento, no futuro, é menor.

 
No caso de compra para investimento, o imóvel usado também é bom negócio, já que o proprietário pode começar a usufruir dos rendimentos da locação rapidamente, logo após a entrega das chaves, tendo retorno sobre o investimento realizado na compra da unidade.

 

A expansão do financiamento imobiliário facilitou a compra de imóveis de terceiros, e cada vez mais esse tipo de negócio é realizado em São Paulo. Entretanto, alguns cuidados são essenciais para que a compra ocorra sem surpresas, como verificar se a unidade está com toda a sua documentação em ordem.

 
O proprietário também não pode estar impedido legalmente de vendê-lo, como, por exemplo, ter seus bens indisponíveis por decisão judicial. Para verificar se o vendedor não tem problemas de idoneidade financeira recomenda-se procurar uma consultoria e, em São Paulo, solicitar certidão negativa dos dez cartórios de protesto, certidão do cartório de distribuidores cíveis e família, executivos fiscais, trabalhista e certidão da Justiça federal.



Com o mercado aquecido, multiplicaram-se as possibilidades, e neste momento é necessário serenidade, informação e consultoria para fazer as escolhas certas.



FONTE: DCI

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Programa promete 2 milhões de moradias a mais até 2014

São Paulo - O governo deve lançar ainda este ano o programa Minha Casa, Minha Vida 2 com a meta de construir dois milhões de moradias entre 2011 e 2014.

A informação foi dada ontem (30) pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, numa cerimônia no Rio.

Ela contou ter tratado da nova versão do programa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião na última segunda-feira.

 
"Há um processo de negociação para que isso aconteça até o fim do ano", disse Maria Fernanda, acrescentando que o presidente quer reproduzir a articulação com prefeitos e governadores da primeira fase do programa habitacional, que tinha como meta a construção de 1 milhão de casas, antes de lançar o plano, que só será executado pelo próximo governo. "Seguramente isso será lançado para 2011. Já há uma previsão orçamentária", afirmou Maria Fernanda. "A nossa expectativa é ter uma média de 2 milhões de novas moradias, cerca de 60% delas para famílias de até três salários mínimos."


Segundo a presidente da Caixa, também estão sendo ouvidos construtores e incorporadores para a formatação da nova fase do programa.

 
O orçamento ainda não foi definido, disse Maria Fernanda, mas "pode ser aproximadamente o dobro" da dotação de R$ 64 bilhões da primeira fase, com recursos da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ela estimou que 680 mil casas do primeiro programa já foram contratadas. O anúncio do aumento de 2 milhões de moradias no programa coincide com o período eleitoral.


FONTE: DCI