sexta-feira, 31 de julho de 2009

IGP-M tem deflação de novo: 0,43%

Resultado foi inferior ao de junho, que apontou taxa negativa de 0,1%

Flávio Leonel
Estadão

O Índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou deflação de 0,43% em julho ante taxa negativa de 0,10% em junho. O resultado ficou bem abaixo das expectativas dos economistas consultados pela AE Projeções, que eram de queda de 0,35% a 0,24%. O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, disse que o cenário de deflação que marcou o IGP-M em seis dos sete meses apurados em 2009 tende a acabar no curto prazo. Em entrevista à Agência Estado, ele avaliou que, por causa dos sinais de recuperação de algumas economias do globo e uma interferência direta desse efeito no preço das commodities, a parte industrial dos preços do atacado, que tem o maior peso no indicador geral da FGV, tem condições de continuar mostrando menor queda e até passar para o terreno positivo nos próximos levantamentos.
Quadros ressaltou, entretanto, que o cenário do IGP-M para 2009 ainda é muito favorável e, se existir algum tipo de aceleração no índice, ela não será capaz de provocar preocupações no mercado financeiro. "Acredito que acabou aquele período de redução rápida e fácil do IGP-M e, a partir do mês que vem, isso vai ficar claro", opinou. "Mas também não quer dizer que o índice vai sair decolando por aí. Ele vai oscilar e, nesse movimento, pode ficar pouco acima de zero ou até pouco abaixo desse nível.
"De acordo com Quadros, especificamente em relação a julho, o IGP-M contou com uma queda mais forte dos preços agropecuários do atacado. Se em junho esse segmento mostrou uma alta de 1%, no mês seguinte recuou fortemente 1,89%, com claros efeitos de produtos de peso importantes, como a soja, que caiu 3,32% ante avanço anterior de 1,47% e, segundo o coordenador, passou por um "movimento brusco de correção" após um período de elevação.
Para Quadros, a deflação dos agropecuários foi importante para aliviar o declínio bem menos intenso em julho pelo conjunto dos preços industriais. Esse segmento teve baixa de 0,49% ante queda de 0,92% de junho. Segundo o coordenador, a partir de agora, a deflação tenderá a não ter continuidade.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Entrevista: Dra. Elaine Rodrigues


Palestra: “Operações Imobiliárias”
Data: 28 de julho de 2009


Sciesp - Qual a importância do conhecimento do corretor de imóveis em relação as suas responsabilidades e atribuições?
Dra. Elaine -
É tão relevante a necessidade do conhecimento técnico e de cada nuance do negócio imobiliário conduzido pelo Corretor, que chega ao ponto de ditar a viabilidade ou não da sua contratação, mediante a avaliação de riscos. Importante destacar, que dependendo da forma como se dá a contratação do corretor e quais responsabilidades ele assume perante seu cliente e vice versa, de acordo com o conhecimento técnico demonstrado no decorrer da intermediação, bons frutos daquele trabalho ele vai colher diante da demonstração a qualidade dos seus préstimos, oriunda do seu profissionalismo e conhecimentos técnicos.

Sciesp - Qual a importância da elaboração de um bom contrato de corretagem?
Dra. Elaine -
Essencial para fixar exatamente quais são as obrigações do corretor de imóveis frente ao seu cliente e vice versa. O que eu percebo no dia a dia, nas conversas com os corretores é que existe uma certa dificuldade em negociar esse contrato com seus clientes. Eu avalio esse problema como derivado da falta de informação, isso porque o contrato de corretagem é um contrato bilateral, ou seja, cria direitos e obrigações para ambas as partes contratantes, de forma que assegura, inclusive direitos do contratante. É sempre muito bom esclarecer para os nossos clientes que não se trata tão somente de um instrumento pelo qual o Corretor de imóveis quer vincular o cliente a ele, mas sim de um documento que garante tranquilidade para todos, notadamente quando da ocorrência de qualquer tipo de problema entre as partes.

Sciesp - Como a sra analisa a exclusividade na profissão do corretor de imóveis?
Dra. Elaine -
Avalio como uma conquista da categoria. Note-se que com o advento da L. 10.406/02 (Código Civil de 2002), o assunto inclusive foi tratado pontualmente pelo Legislador. Trata-se de um instrumento que facilita a atividade dos profissionais, que acabam ganhando mais espaço e podem trabalhar a intermediação contratada com muito mais qualidade, assegurando resultados deveras satisfatórios para seus clientes.

Sciesp - Quais os principais cuidados que o corretor deve tomar:
A) em relação à locação;
B) em relação à compra e venda
Dra. Elaine -
Em ambos os casos deve o Corretor de Imóveis se assegurar sobre a questão da propriedade do bem, ou seja, quem procura seus préstimos seja para venda ou mesmo para a locação deve comprovar ser o proprietário do referido bem. Em seguida faz-se de rigor observar atentamente a matrícula atualizada do bem para avaliar a existência de qualquer ônus ou gravame que possa causar problemas na intermediação imobiliária. Além desses cuidados básicos é sempre muito importante que o Corretor de Imóveis documente (de forma escrita) todos os acontecimentos relacionados aos casos que está responsável, bem como tenha por hábito a elaboração de contratos escritos.

Sciesp - Como a sra analisa a importância do corretor de imóveis estar sempre bem informado?
Dra. Elaine -
É fato que o número de profissionais nesse ramo vem crescendo muito a cada dia que passa. Assim sendo, é essencial para o sucesso nos negócios, que o corretor esteja sempre muito bem informado sobre todas as novidades do mercado, sejam elas com relação à legislação, produtos, oferta e demanda, novas linhas de financiamento, etc. Certamente o diferencial do Corretor de Imóveis com relação ao conhecimento do mercado pe o que vai lhe garantir excelentes empreitas nesse ramo.

Sciesp - Qual a importância da educação continuada na vida profissional do corretor de imóveis?
Dra. Elaine -
Dando seguimento as respostas já apresentadas, digo que a educação continuada é crucial para a garantia da manutenção do sucesso do Corretor de Imóveis no mercado, haja vista a velocidade com a qual são criadas novidades, acontecem alterações na legislação, na economia, etc.

Sciesp - "Corretor de Imóveis - Segurança de Bons Negócios", o que essa frase significa para você?
Dra. Elaine -
Significa a valorização crescente do profissional do ramo imobiliário perante a sociedade, além de possibilitar a divulgação da necessidade do profissional atuante no ramo se manter em condição de regularidade perante o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, seja dentre os próprios profissionais da área bem como diante de toda a sociedade, dificultando a atuação daqueles que não possuem a formação técnica necessária para atuar na área.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vendas de imóveis usados crescem 7,6% em maio no estado de São Paulo

Por: Flávia Furlan Nunes
29/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - De acordo com pesquisa divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (30), as vendas de imóveis usados cresceram 7,6% em maio, na comparação com abril, sendo que foram mais comercializados os imóveis de valor de até R$ 160 mil.
As 1.599 imobiliárias de 37 cidades que constam na pesquisa comercializaram 1.095 unidades, o que fez o índice de vendas passar de 0,6364 para 0,6848.As vendas cresceram em três das quatro regiões do Estado em que a pesquisa é dividida, sendo elas a capital (+11,52%), o litoral (+27,59%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+94,83%). No interior, por sua vez, houve queda de 30,11%.
Preferências
No quinto mês do ano, as casas foram mais vendidas, com 52,51% de representatividade entre as unidades comercializadas, ante 47,49% dos apartamentos. A maioria dos consultores entrevistados afirmaram que o desempenho do mercado em maio foi igual ao de abril.
Sobre o valor do imóvel, é possível perceber preferência por aqueles até R$ 160 mil, que tiveram 54,21% de representatividade na capital, de acordo com a tabela abaixo:
Valor do imóvel (R$)
Capital
Interior
ABCDOG*
Litoral
até 40 mil
nula
2,78%
1,10%
3,80%
de 41 a 60 mil
2,80%
6,67%
5,49%
6,96%
de 61 a 80 mil
12,15%
18,33%
6,59%
24,68%
de 81 a 100 mil
8,41%
15,56%
18,68%
27,85%
de 101 a 120 mil
16,82%
11,67%
18,68%
7,59%
de 121 a 140 mil
7,48%
6,11%
10,99%
5,06%
de 141 a 160 mil
6,54%
10,56%
18,68%
2,53%
de 161 a 180 mil
9,35%
7,78%
5,49%
4,43%
de 181 a 200 mil
4,67%
6,11%
4,40%
1,90%
acima de 200 mil
31,78%
14,44%
9,89%
15,19%
Fonte: Creci-SP*cidades do ABCD mais Osasco e Guarulhos

terça-feira, 28 de julho de 2009

Consórcio ou financiamento: quando optar entre um ou outro na compra do imóvel?

Por: Patricia Alves27/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - O auge da crise financeira mundial, no último trimestre do ano passado, impactou diretamente na oferta de crédito ao consumidor. Os prazos de financiamento foram reduzidos e as parcelas passaram a ficar inviáveis ao orçamento.
Por outro lado, na mesma época, houve maior procura por consórcios para a aquisição de bens. "A crise financeira global acabou beneficiando o sistema. No seu auge - setembro, outubro e novembro -, obtivemos as maiores vendas de cotas de consórcio. Em um cenário de turbulência, há uma busca por alternativas, principalmente quando falamos de pequenos investidores", afirmou, no início do ano, o presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), Rodolfo Montosa.Mas, quando optar entre uma modalidade ou outra, na compra da casa própria?
Vantagens e desvantagens
Antes de escolher a melhor forma de adquirir o imóvel, é importante avaliar as vantagens e desvantagens de cada uma. No financiamento, por exemplo, é possível ter as chaves do imóvel nas mãos logo no início, enquanto no sistema de consórcio é necessário aguardar ser sorteado - ou ser contemplado por meio de um lance -, para ter acesso ao crédito que utilizará na compra do bem, prazo este que pode demorar, e muito.
Além do prazo, outro ponto a ser levado em consideração são os custos envolvidos. Nos financiamentos, normalmente é necessário pagar um valor de entrada, para que as taxas de juros sejam mais acessíveis e o prazo mais baixo. Nos consórcios, por sua vez, a entrada é a primeira parcela e, no lugar das taxas de juros, são cobradas taxas de administração.
Perfil do comprador
O financiamento normalmente é indicado para aquelas pessoas que têm valor de entrada para dar no imóvel e que topam trocar o valor do aluguel pelo valor das prestações.
O consórcio, por outro lado, é uma opção para quem não tem pressa. "A ideia é oferecer mais vantagens a preços menores e facilitar o acesso ao crédito, principalmente a quem quer adquirir um imóvel, mas ainda depende do pagamento de aluguel", afirma Antonio Barbosa, da área comercial do Consórcio Nacional Embracon. "As parcelas de consórcios acabam sendo menores que as dos financiamentos tradicionais", completa Barbosa.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Trabalho para garimpeiro

Encontrar apartamentos de um ou dois dormitórios para alugar pode levar meses

Por Bruna Fasano
29.07.2009
Por: Veja SP


Shirley de Moraes, em frente a seu novo prédio, na Mooca: "Quando queria fechar negócio, outro interessado já tinha se adiantado"Paulistanos atrás de apartamentos de um ou dois dormitórios para alugar, preparem-se. A peregrinação pode levar muito mais tempo do que o planejado. Enquanto os classificados de imóveis estão recheados de ofertas com três, quatro e até cinco quartos com várias vagas de garagem, os menores parecem ter sumido do mapa. De acordo com João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi), esses apartamentos estão cada vez mais raros. "Os terrenos em regiões centrais se valorizaram nos últimos anos", afirma. "Isso faz com que as construtoras invistam em unidades maiores e mais caras." Entre 2004 e 2008, foram lançados 1 847 empreendimentos imobiliários na cidade, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Desse total, 28% tinham apartamentos de dois dormitórios e apenas 3% de um.
Moradora do Morumbi há três anos e meio, a web designer Shirley de Moraes está de malas prontas para entrar em um apartamento recém-alugado no bairro da Mooca. Depois de procurar durante oito meses e visitar cerca de cinquenta imóveis, ela finalmente encontrou o cantinho que desejava na Zona Leste. "Quando gostava de alguma coisa e queria fechar negócio, outro interessado já tinha se adiantado", conta. "Mas a espera valeu a pena, pois vou voltar a morar no bairro em que nasci." Uma pesquisa da imobiliária Lopes aponta que, para aluguéis entre 1 000 e 2 000 reais, incluindo condomínio, a concorrência chega a ser de dez candidatos por unidade. O tempo de espera para um apartamento com esse perfil no centro expandido é de, em média, quatro meses.
Algumas imobiliárias lançam mão de "caçadores de imóveis", ou, como são conhecidos no meio, "house hunters", para garimpar apartamentos que se encaixem nesse perfil. Eles esquadrinham bairros e conversam com moradores e comerciantes em busca de alguma oportunidade de negócio. O grupo de house hunters da empresa Lello, por exemplo, foi estruturado há um ano. "Minha maior fonte de informação são os porteiros e zeladores. Eles sabem da vida do prédio inteiro", afirma o corretor José Roberto Correia Macedo, que tem como meta angariar trinta novos imóveis desse tipo por mês.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pequenos ajustes no imóvel pode elevar em 20% valor do aluguel

Por: Equipe InfoMoney
24/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Alugar um imóvel pode se tornar um bom negócio para o proprietário. E muitos fatores contribuem para que esse investimento seja lucrativo. Para o gerente de locações da Auxiliadora Predial, Alexandre Arruda, uma simples reforma pode elevar em 20% o valor do aluguel.
"O proprietário deve ter bom senso e concentrar as suas despesas em áreas pouco onerosas, mas que possam trazer retorno significativo", acredita Arruda. Para ele, valorizar um imóvel não significa promover uma reforma geral.
De olho nos detalhes
Arruda aconselha àqueles que querem oferecer um imóvel para locação que atentem aos detalhes. Um ambiente limpo e organizado, pisos e azulejos no lugar, pintura com cores neutras, mobília na cozinha podem e ajudam a elevar o valor da locação.
"O proprietário deve encarar a reforma como um investimento, sendo que as melhorias realizadas têm como propósito o retorno financeiro", afirmou Arruda. Ele ressalta que tais detalhes também ajudam a acelerar a locação.
Valor pode triplicar, dependendo da regiãoDe acordo com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o aluguel de um imóvel com as mesmas características pode variar muito em São Paulo. Segundo a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, os valores do metro quadrado, em junho, iam de R$ 6,83 a R$ 21,43.
Esses preços referem-se, respectivamente, a apartamentos de três dormitórios, nas zonas Leste B (bairros como Artur Alvim, Itaim Paulista, Itaquera e Vila Prudente etc) e Sul A (Aclimação, Morumbi, Higienópolis, Jardins etc).

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Seguro habitacional da Caixa ficará até 40% mais barato em agosto

Por: Gladys Ferraz Magalhães
22/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Quem assinar contrato de financiamento imobiliário com a Caixa Econômica Federal, a partir do mês de agosto, poderá contar com seguro habitacional até 40% mais barato do que é cobrado atualmente.
Isso porque, no dia 1º do próximo mês, entra em vigor a nova tabela de taxas do banco.
A medida teria sido motivada, especialmente, pelo crescimento do crédito imobiliário. Além disso, segundo informou a Caixa, por meio de sua assessoria de imprensa, a entrada de pessoas mais jovens teria oxigenado a carteira habitacional, provocando queda no preço deste tipo de seguro, já que tal público teria taxa de risco menor do que os mutuários mais velhos.
Seguro habitacional
O seguro habitacional é uma apólice, obrigatória em contratos de financiamento.
Este tipo de seguro tem como finalidade pagar as prestações do imóvel, em caso de morte ou invalidez do proprietário e, em alguns casos, ainda cobre danos causados por incêndio, explosão, desmoronamento parcial e ameaça de desmoronamento, causada por fortes ventos ou granizos, inundações e alagamentos.
Hoje, o valor do seguro equivale, aproximadamente, de 4% a 5% da mensalidade do financiamento, dependendo do preço do imóvel, da idade do mutuário e do montante financiado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Caixa corta em 40% valor de seguro de imóvel

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Jornal Folha de São Paulo

A partir do início de agosto, a Caixa Seguros irá reduzir, em média, em 40% o valor dos seguros cobrados nos financiamentos habitacionais. Detentora de 70% desse mercado, a empresa -controlada pelo grupo francês CNP Assurance em parceria com a Caixa- atendeu ao apelo do governo e se antecipou à maior concorrência, esperada com a regulamentação do setor prevista para sair em agosto.
Segundo Ricardo Talamini, diretor de seguros para financiamentos e operações financeiras da Caixa Seguros, a redução variará conforme o perfil do cliente. As pessoas com idade em torno de 33 anos são as que deverão ter as maiores quedas no valor do seguro. A idade do segurado, o valor do imóvel e a parcela financiada pesam na definição do seguro.
O diretor explicou que a mudança no perfil dos segurados nos últimos anos, com o acesso de mais jovens aos financiamentos habitacionais, assim como a melhora na qualidade dos imóveis e o aumento das concessões de financiamento, permitiram o corte nos valores cobrados pela seguradora.
Ele disse também que a queda se aplicará a todos os contratos que usam a caderneta de poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como fonte de recursos e são fechados seguindo as regras do Sistema Financeiro de Habitação.
Juros
Contando com a queda na taxa Selic, que será definida hoje pelo Banco Central, a Caixa anunciou ontem a redução nos juros em algumas das suas linhas de crédito.
O Banco do Brasil também deve anunciar hoje a redução dos juros, com foco no crédito à pessoa física. A Nossa Caixa, do grupo do Banco do Brasil, também afirma que resolveu se antecipar à decisão do Copom e abaixar juros em até 1,45 ponto percentual. Entre os produtos para pessoa física e para jurídica, seis linhas tiveram redução.
Mesmo antes de conhecida a decisão do BC, a Caixa já dá como certa a queda da Selic e promete repassar integralmente o corte para os juros nos financiamentos de eletrodomésticos da linha branca. Mas não informou, porém, quais as taxas que já são praticadas nessa modalidade, alegando que os números dependem de acordos com a rede varejista que atua em parceria com o banco na concessão de empréstimos.
Nas demais modalidades, as reduções já foram definidas. No crédito pessoal a taxa mensal caiu de 4,91% (cerca de 77,7% ao ano) para 4,04% (ou 60,8%). Nos empréstimos com desconto em folha de pagamento, os juros máximos passaram de 2,31% (31,5%) para 2,28% (31,1%), ficando inalterada a taxa mínima de 0,85% (10,7%).
Para empresas, foi reduzida a taxa de capital de giro, com os juros máximos passando de 2,05% (27,6%) para 1,95% ao mês (26,1% ao ano).

terça-feira, 21 de julho de 2009

Construção confia em"boom" no 2º semestre

ciça ferraz
Jornal DCI


SÃO PAULO - O setor de construção civil começa o segundo semestre para lá de otimista, depois de passar praticamente ileso pela crise financeira mundial, quando a rotina das construtoras e incorporadoras brasileiras começa a retomar o cenário do ano passado no pré-crise, com anúncios recordes de vendas e lançamentos. As prévias dos resultados operacionais divulgadas pelas empresas do setor indicam vendas superiores a 200%, em alguns casos. Entre os motivos estão a retomada do crédito e a criação do programa do Governo "Minha Casa, Minha Vida", que despertou no cidadão o sonho de adquirir a casa própria.
Já é esperada para os próximos três anos uma média de 70 mil novas unidades só na cidade de São Paulo - todas voltadas para a camada de baixa renda, como afirma o presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana.
"Vemos agora um mercado mais disciplinado, regulamentado e que continuará crescendo cerca de 5% ao ano nos próximos anos", diz Crestana, ao ressaltar que 2007 foi um ano excelente, quando houve um aumento de 70% no número de unidades vendidas ante 2006.
Crestana aposta em retomada do crescimento, passado o baque da crise. Mesmo que o ritmo de aceleração não repita o alcançado no ano passado, a tendência é de alta, segundo ele.
Plano
Segmentada ao público de baixa renda desde 1962 com empreendimentos residenciais com valor máximo de R$ 100 mil, a Cury Construtora e Incorporadora comemora o sucesso do lançamento Dez Vila Curuçá, na Zona Leste de São Paulo. Apenas em seis dias, o empreendimento teve 100% de suas 252 unidades vendidas, todas pelo programa "Minha Casa Minha Vida".
Fábio Cury, presidente da empresa, comemora o sucesso do programa e já projeta um crescimento de 40% nos negócios para este ano. "Já esperávamos um aumento significativo, independentemente do programa do governo. Porém, seguramente, ele {programa} veio para contribuir ainda mais", diz o executivo que tem hoje 17 mil unidades em análise na Caixa e outros seis empreendimentos pré-aprovados na faixa dos 3 a 6 salários mínimos.
A Tecnisa, no entanto, é uma construtora especializada em empreendimentos de alto padrão. Mas, o presidente Carlos Alberto Júlio não só confirma o interesse na companhia neste segmento como já vem baixando o ticket médio de seus empreendimentos. Em 2006, o preço médio dos lançamentos foi de R$ 450 mil; em 2007, de R$ 362 mil. Em 2008, o ticket médio da Tecnisa foi de R$ 322 mil.
"Ingressar neste segmento será um grande desafio para nós, queremos fazer um trabalho sério, apresentar empreendimentos de qualidade, e sermos em breve, uma empresa "premium", para imóveis de baixa renda", diz Júlio reforçando o interesse na empresa com a recém-criada diretoria de produtos voltados à faixa econômica com a contratação de Newman Brito.
Na mesma esteira segue a Ezetec Empreendimentos e Participações. Com empreendimentos voltados exclusivamente para residenciais de médio alto padrão, no ano passado a companhia criou a marca Mix Residencial, área dirigida ao público de baixa renda, com imóveis entre R$ 90 mil a R$ 150 mil. Parece que a novidade tem dado certo, já que 90% de um residencial no bairro paulistano da Penha já foi vendido.
Emílio Fugazza, diretor financeiro e de Relações com Investidores da Ezetec, diz ter buscado por meio de parcerias, a expertise necessária para ingressar neste ramo. "Buscamos as pequenas e médias construtoras que trabalham muito bem na elaboração destes projetos e o que fizemos foi nos tornarmos parceiras. Atender este público é atender milhares de pessoas, a estrutura não é a mesma, onde procuramos atender nossos clientes pessoalmente, no caso de uma inadimplência, por exemplo".
Segundo a prévia do balanço do segundo trimestre de 2009, a empresa Ezetec totalizou R$ 299,9 milhões em lançamentos, crescimento de 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o crescimento foi de 7,9%, representando R$ 354,3 milhões.
As vendas contratadas no segundo trimestre alcançaram R$ 243,5 milhões, aumento de 70,6% em relação a 2008, dos quais R$ 28,8 milhões são referentes a unidades lançadas em trimestres anteriores. No acumulado do ano houve um crescimento de 36,2%, totalizando R$ 313,1 milhões. As vendas no primeiro semestre de 2009 já representam 87,5% do total das vendas contratadas em 2008.
Vendas
Outra a ver suas vendas dobrarem neste segundo semestre do ano foi a Even Construtora, segundo a prévia do que pode vir a ser contabilizado no balanço. A empresa registrou um volume de vendas contratadas de R$ 253 milhões.
Os lançamentos passaram de R$ 54,2 milhões para R$ 176,4 milhões no período, crescimento de 225,4%, divididos em seis empreendimentos, localizados nas cidades de São Paulo, Campinas, Guarulhos e Belo Horizonte. Do total de lançamentos, 56% foram vendidos dentro do próprio trimestre. Já o volume de vendas de estoque teve crescimento significativo, passando do patamar de R$ 29 milhões em abril para R$ 83,4 milhões em junho.
Já Luiz Rogélio Tolosa, diretor de Relações Institucionais e com Investidores da Brookfield Incorporações, antiga Brascan Residential Properties, credita ao trabalho da mídia o aumento no número de visitação aos estantes, já que reforça a possibilidade em adquirir a casa própria, sem deixar de mencionar também facilidades como o aumento de subsídio do governo para o setor.
"A incorporadora tem hoje 9% dos seus lançamentos na faixa entre R$ 60 mil e R$ 130 mil e digo que a velocidade de venda deste segmento é infinitamente superior ao da alta renda. Percebi um grande volume de vendas sendo gerado em Cajamar (SP), Taboão da Serra (SP), Jundiaí, no interior de São Paulo e em Goiânia (GO)", diz o executivo que também acredita que o fato de a população brasileira ter 50% dela na faixa de menos de 25 anos contribui com o aumento no número de vendas.
As vendas contratadas da Brookfield Incorporações, no segundo trimestre de 2009 somaram R$ 568,5 milhões, um aumento de 77,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado do primeiro semestre de 2009, as vendas totalizaram R$ 875 milhões, o que corresponde a 76,3% do total vendido durante todo o ano de 2008.
Entre abril e junho, o segmento residencial foi responsável por 68,1% das vendas. Já no acumulado do ano, os empreendimentos residenciais responderam por 76,4% do volume total de vendas da Companhia.
Neste período, as unidades com preço médio abaixo de R$ 500 mil representaram 77,8% das vendas totais do segmento residencial, faixa de produtos beneficiada com o aumento do limite do financiamento imobiliário junto ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
O setor de construção civil começa o segundo semestre com otimismo redobrado, depois de passar praticamente ileso pela crise financeira mundial. Agora, a rotina das construtoras e incorporadoras brasileiras começa a retomar o cenário do ano passado no período pré-crise, com anúncios recordes de vendas e lançamentos. As prévias dos resultados divulgadas pelas empresas do setor indicam crescimento de vendas de até 200%, em alguns casos. Entre os motivos estão a retomada do crédito e a criação do programa do governo "Minha Casa, Minha Vida", que facilita a compra de imóveis.
Já é esperada para os próximos três anos uma média de 70 mil novas unidades anuais só na cidade de São Paulo - todas voltadas para a camada de baixa renda, segundo o presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana.
A Cury Construtora e Incorporadora comemora o sucesso do lançamento Dez Vila Curuçá, na zona Leste de São Paulo. Em seis dias, o empreendimento teve 100% de suas 252 unidades vendidas, todas pelo programa "Minha Casa Minha Vida", afirma o presidente da empresa, Fábio Cury, que projeta crescimento de 40% nos negócios este ano.
Para a Ezetec Empreendimentos e Participações, que criou um braço para o segmento econômico, com imóveis de R$ 90 mil a R$ 150 mil, o segundo semestre deve ser melhor ainda que o primeiro. Emílio Fugazza, diretor de Relações com Investidores, garante que deu certo a estratégia de buscar "pequenas e médias construtoras que trabalham muito bem na elaboração destes projetos". Segundo a prévia do balanço do segundo trimestre de 2009, a Ezetec totalizou R$ 299,9 milhões em lançamentos, crescimento de 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas contratadas no período aumentaram 70,6% em relação a 2008.
Para Luiz Rogélio Tolosa, diretor de Relações com Investidores da Brookfield Incorporações, já foi possível sentir aumento no número de visitação aos estandes. "A incorporadora tem hoje 9% dos seus lançamentos na faixa entre R$ 60 mil e R$ 130 mil e digo que a velocidade de venda deste segmento é infinitamente superior ao da alta renda", afirmou.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SP: com cerca de 4 mil imóveis vendidos, mercado cresce 21,3% em maio

Por: Gladys Ferraz Magalhães
17/07/09 - 16h23
InfoMoney

SÃO PAULO - O número de vendas do setor imobiliário na cidade de São Paulo apresentou alta entre os meses de abril e maio.


De acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), no quinto mês do ano, foram comercializados na capital paulista 4.010 imóveis, sendo que o ritmo de comercialização, expresso pelo indicador VSO (Vendas sobre Oferta), foi de 21,3% em maio, contra 10,3% em abril.


Cinco meses

Nos cinco primeiros meses do ano, a performance média passou a ser de 11,1%, superior à registrada no período de janeiro a abril, de 8,6%, e muito próxima das estimativas para o ano, de 12%.


"Esses númerops deixam claro que a confiança do consumidor no mercado imobiliário não foi abalada pela crise global. E mais, já se percebe nos plantões de vendas a procura do imóvel - moeda forte - como melhor opção, quando comparado com outros ativos ", ressalta o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.


O total de lançamentos nos cinco primeiros meses do ano foi de 6.435 unidades. Quando analisada a relação entre comercialização e lançamentos, com base em dados da Embraesp ( Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), verifica-se que, de janeiro a maio, o total de moradias comercializadas foi 67,74% superior ao número de unidades lançadas, já que, no período, foram vendidas 10.794 habitações.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um ano após lei do protesto, inadimplência em condomínios recua 33%

Por: Gladys Ferraz Magalhães

17/07/09 - 09h04
InfoMoney

SÃO PAULO - Apesar dos efeitos da crise econômica mundial, os paulistanos estão se esforçando para manter o pagamento do condomínio em dia.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (16) pela Lello, empresa que administra cerca de 1,1 mil condomínios da cidade de São Paulo, um ano após a chamada lei do protesto, a inadimplência em condomínios recuou 33% em junho, em relação ao mês de julho do ano passado.

Do sétimo mês de 2008 a junho de 2009, o índice de inadimplência passou de 6,5% para 4,3%, em média.

Lei do protesto
Conforme concluiu a Lello, o maior pagamento de condomínios em atraso é reflexo da lei estadual que permite inscrever condôminos inadimplentes em serviços de proteção ao crédito. A nova legislação está em vigor desde julho do ano passado.

Apesar do efeito positivo da nova lei, no levantamento também foi apurado que os síndicos estão preferindo realizar cobranças amigáveis a encaminhar os boletos para protesto, sendo que do sétimo mês de 2008 a junho deste ano foram intermediados pela administradora cerca de 17 mil acordos para quitação de boletos em atraso (média de 1,4 mil por mês). No mesmo período, a Lello protestou, por solicitação dos síndicos, apenas 10 boletos.

"Esse cenário mostra que os síndicos estão optando pelo diálogo, o que é salutar, mas também aponta que a nova legislação surtiu efeito, auxiliando os condomínios a reduzir a inadimplência e, consequentemente, a equilibrar seus caixas", afirma a gerente da Lello Condomínios, Angélica Arbex.

Cuidados
Ainda segundo Angélica, síndicos precisam tomar alguns cuidados antes de optar pela lei do protesto. Segundo especialistas, cerca de 40% dos cadastros de proprietários de apartamentos na cidade de São Paulo estão desatualizados, o que pode dificultar a execução do morador. Caso o protesto seja feito em nome errado, o condomínio pode ser alvo de ação por dano moral.

A orientação é de que o protesto seja realizado com o intuito de incentivar os pagamentos e somente depois de atualizado o cadastro de moradores. A legislação permite protesto depois de um dia de atraso, mas a Lello orienta a espera por três meses, depois de eliminadas todas as alternativas amigáveis.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Na hora de comprar a casa própria, paulistanos preferem imóveis de até R$ 160 mil

Por: Flávia Furlan Nunes
16/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - De acordo com pesquisa divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) nesta quinta-feira (16), os imóveis usados com valores de até R$ 160 mil foram os preferidos dos paulistanos em maio, com participação de 54,21% nas vendas.
Quando analisadas as regiões* de São Paulo, o maior percentual de vendas foi registrado na zona C, que engloba bairros como Aeroporto, Água Branca, Bosque da Saúde e Barra Funda, com 24,47% do total. Em seguida, estão as zonas D e A, com 23,40% e 20,21%, respectivamente, e as zonas E (18,09%) e B (13,83%).
Já em relação ao tipo de imóvel, a preferência recaiu sobre os apartamentos, com 58,16% das vendas no quinto mês do ano.PreçosDentro da faixa de preço até R$ 160 mil, os imóveis entre R$ 101 mil e R$ 120 mil foram os mais procurados, com 16,82% de participação, seguidos das propriedades de R$ 61 mil a R$ 80 mil, com 12,15% da preferência, conforme tabela a seguir:
Valor do imóvel (R$)
Percentual
até 40 mil
-
de 41 a 60 mil
2,80%
de 61 a 80 mil
12,15%
de 81 a 100 mil
8,41%
de 101 a 120 mil
16,82%
de 121 a 140 mil
7,48%
de 141 a 160 mil
6,54%
de 161 a 180 mil
9,35%
de 181 a 200 mil
4,67%
acima de 200 mil
31,78%
Fonte: Creci-SP
Vendas
De acordo com os dados, 196 imóveis usados foram vendidos na capital no quinto mês do ano pelas 447 imobiliárias consultadas pelo Creci-SP. Com isso, o índice de vendas aumentou 11,52%, passando de 0,3932 em abril para 0,4385 em maio.
A maior parcela dos imóveis foi vendida à vista (51,04% do total), seguida dos financiamentos da Caixa Econômica Federal (36,46%), financiamentos com outros bancos (11,46%) e consórcios (1,04%).* Zona A: bairros como Alto da Boa Vista, Alto de Pinheiros, Campo Belo
Zona B: bairros como Aclimação, Alto da Lapa, Brooklin
Zona C: bairros como Aeroporto, Água Branca, Bosque da Saúde
Zona D: bairros como Água Rasa, Americanópolis, Aricanduva
Zona E: bairros como Brasilândia, Campo Limpo, Grajaú

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Consumidor ainda está pouco à vontade para comprar casa e carro, revela ACSP

Por: Roberta de Matos Vilas Boas

15/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Em junho, de acordo com o INC (Índice Nacional de Confiança) divulgado pela ACSP ( Associação Comercial de São Paulo) na terça-feira (14), os consumidores ainda demonstram se sentir pouco à vontade para comprar um carro ou uma casa, apesar da melhora nos indicadores.

O estudo apresentou uma leve alta entre aqueles que se sentem mais à vontade, assim como registrou queda entre aqueles que se sentem menos à vontade, mas ainda demonstra receio dos consumidores.

Assim, a média dos que se sentem muito menos à vontade caiu pela terceira vez no ano, ao passar de 50 pontos em maio para 46 em junho. Já a média dos que estão muito mais à vontade ficou em 24 pontos no mês passado, com leve alta de dois pontos em relação ao índice da medição anterior (22 pontos).

Compras menores
Ainda segundo o estudo, o INC dos consumidores que se mostraram muito menos à vontade para realizar compras menores, como a de um fogão ou uma geladeira, passou dos 39 pontos registrados em maio para 36 pontos no sexto mês do ano.

Em contrapartida, a média dos brasileiros que afirmaram se sentir muito mais à vontade para comprar esse tipo de produto agora do que há seis meses teve alta de 35 para 38 pontos, entre maio e junho de 2009.

Região e classe social
Ao considerar as compras maiores, como as de um carro ou casa, a pesquisa aponta que a classe social que se mostrou mais à vontade foi a AB, com 42% das respostas, contra 33% da C e 17% da DE. A região Sudeste apresentou 34% da população declarando estar muito mais à vontade com as compras maiores. Norte/Centro-Oeste e Sul ficaram, respectivamente, com 33% e 25% cada. Na região Nordeste, o índice foi de 20%.

No caso dos itens para a casa, como fogão e geladeira, a maior disposição também veio da classe AB, que apresentou índice de 52%. Na C, o índice é de 46% e na DE, de 31%. Por região, a Norte/Centro-Oeste apresentou o maior percentual de pessoas muito mais à vontade para realizar este tipo de aquisição, de 48%.

Gastos com prestações
Por fim, o levantamento realizado pela Ipsos Public Affairs com mil pessoas revela que a média de gastos dos consumidores com prestações/crediários aumentou 25% entre maio e junho de 2009, passando de R$ 68 para R$ 85.

Na comparação com junho do ano passado, quando a média de gastos com prestações/crediários era de R$ 70, houve alta de 21,43%.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Contrato de gaveta: evite os riscos na hora de vender e comprar um imóvel

Por: Equipe InfoMoney
14/07/09

SÃO PAULO - Evitar burocracias e mudança imediata podem ser grandes atrativos para quem adquire um imóvel por meio de "contrato de gaveta". No entanto, é bom ficar atento, porque o que parece ser um bom negócio pode acabar causando transtornos.
"Contrato de gaveta" é aquele firmado entre o atual e o novo proprietário, sem a participação da financiadora ou de registro judicial.Na prática, o atual proprietário passa o financiamento para o novo proprietário do imóvel, sem alterar os dados na financiadora. Com isso, o novo proprietário quita o financiamento, que ainda está no nome do antigo proprietário, para só depois ter o imóvel registrado em seu nome.
Riscos para quem vende e para quem compra
As vantagens do processo é que, a princípio, quem repassa o imóvel se desfaz da dívida e quem o adquire acaba pagando um pouco menos por ele. No entanto, o "contrato de gaveta" pode trazer mais riscos do que vantagens, para os dois lados, de acordo com a Cadmesp (Consultoria de Financiamentos Imobiliários).
Para quem vende, há o risco de o novo comprador não pagar as parcelas do financiamento. Como o débito ainda está em seu nome, é preciso cuidado. Além disso, o novo comprador pode repassar o imóvel, deixando o antigo sem a casa e com a dívida.
Já quem adquire imóveis dessa forma pode correr ainda mais riscos. Isso porque, segundo a Consultoria, há possibilidade de o vendedor agir de má-fé e vender novamente o imóvel. Além disso, é possível que o antigo proprietário "suma" quando você quitar o imóvel. Com isso, sem a assinatura dele, você fica impedido de ter a posse legal do imóvel.
Além disso, caso o antigo proprietário tenha problemas com a justiça e o imóvel seja penhorado, o novo dono fica sem o bem, já que perante a justiça o imóvel continua sendo do antigo mutuário.
Outros problemas podem ocorrer, ainda que o vendedor não haja de má-fé. Um exemplo é com relação ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não poderá ser utilizado para quitar o financiamento, pois não há registro do repasse da dívida.
As correções anuais das parcelas do financiamento podem se revelar outro problema, pois elas são calculadas de acordo com o aumento salarial. Caso a categoria profissional do proprietário original registre aumentos maiores do que os da categoria do comprador, as prestações vão subir além da capacidade de pagamento do novo proprietário. Outro problema é a morte do atual mutuário.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Programa habitacional: Governo quer cadastro único por estado

Por: Equipe InfoMoney
13/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Para organizar a fila dos interessados em adquirir um imóvel por meio do programa habitacional do Governo, "Minha Casa, Minha Vida", o Governo, por meio da Secretaria Nacional de Habitação, criará um cadastro único por estado até 10 de agosto.
"Queremos construir um cadastro de boa qualidade que seja transparente, passível de ser auditado", afirmou a secretária de Habitação, Inês Magalhães, em encontro na última semana com gestores públicos, movimentos sociais e da iniciativa habitacional de estados do Norte do país, de acordo com a Agência Brasil.
A ideia é que a partir do dia 10 do próximo mês cada estado tenha um cadastro geral único, que contenha informações que possam ser usadas por órgãos dos governos municipal, estadual e federal. Dessa forma, seria possível regulamentar a adesão ao programa de acordo com as faixas de renda das famílias. "Não será uma questão de sorte ser atendido pelo programa", afirma Inês. "O cadastro único cruzará todas as informações coletadas pelo município e pelo estado".
Famílias com renda de até três salários
O encontro que a secretária participou na última semana faz parte de uma rodada de reuniões que têm por objetivo esclarecer dúvidas referentes ao programa habitacional. Os encontros já passaram pelo Espírito Santo e Distrito Federal e são promovidos pelo Ministério das Cidades, em parceria com a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), com apoio da CEF ( Caixa Econômica Federal).
Durante o encontro de Manaus, realizado no último dia 8, houve muitas críticas com relação ao baixo número de projetos voltados à menor faixa de renda (de até três salários mínimos) estabelecida pelo programa.
"Infelizmente ainda percebemos entre os comunitários muita desinformação", comentou o assessor da Cáritas Diocesana no Amazonas, que representa 20 comunidades no estado amazonense, Marcos Brito. "Além disso, existem dificuldades que ainda impedem a elaboração de projetos para a população mais carente. Por enquanto, parece que quem está sendo beneficiada é a classe média".
Inês contestou as críticas. "Como não havia um mecanismo de financiamentos de projetos para essa faixa de renda, é natural que eles tenham um tempo de maturação maior. Contudo, é importante que existam oportunidade de financiamento para todos".
No Amazonas, poucos projetos para baixa rendaDos 62 municípios do Amazonas, quatro têm projetos que incluem a menor faixa de renda, de acordo com a Agência, mas as propostas ainda estão em estudo.
O "Minha Casa, Minha Vida" tem por prioridade moradores de áreas de risco, famílias chefiadas por mulheres, com idosos e portadores de necessidades especiais, entre aqueles que se inserem na faixa de renda de até três salários mínimos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Preço de terrenos pode inviabilizar construções do Minha Casa, Minha Vida

Por: Gladys Ferraz Magalhães
08/07/09
InfoMoney

SÃO PAULO - As construções de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida podem ser inviabilizadas pelo alto preço dos terrenos, alerta o vice-presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins.Na última terça-feira (7), durante audiência pública da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), Martins afirmou que há ainda outros problemas que podem representar entraves para o sucesso do programa do governo federal, como o peso dos tributos sobre as habitações de interesse social, a burocracia para a aprovação de projetos e a falta de um marco regulatório, que dê mais segurança ao processo de licenciamento ambiental e aos investimentos realizados.
Presente na reunião, a superintendente nacional de habitação da Caixa Econômica Federal, Bernadete Pinheiro, observou que a instituição encurtou o prazo para a análise de projetos, de 11 meses para um período de 30 a 45 dias.
Segundo ela, até o momento, 780 municípios assinaram termo de adesão ao programa, sendo que a Caixa já contratou 116 empreendimentos, que irão resultar na oferta de 13.304 casas. A superintendente disse também que, desde o lançamento do Minha Casa, Minha Vida, o número de acessos diários ao simulador de habitação disponibilizado na página eletrônica da instituição passou de 283 mil para 486 mil, o que, para ela, demonstra o interesse da população em realizar o sonho da casa própria.
Futuro
De acordo com a secretária nacional de habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, o déficit habitacional, que hoje chega a sete milhões de moradias, pode saltar para 27 milhões até 2023.
Para enfrentar tal realidade, a secretária disse, conforme publicado pela Agência Senado, que a estratégia do Plano Nacional de Habitação passa pela modernização da cadeia produtiva da construção civil, melhoria de sua produtividade e concessão de subsídios à habitação popular.
Além disso, a secretária acredita que o poder público, especialmente o municipal, esteja pronto para regular a disputa por espaço nas cidades, assumindo a responsabilidade pela gestão do desenvolvimento urbano e definição de áreas para habitações de interesse social. Nesse sentido, Inês considera importante a aprovação da nova Lei do Solo, que tramita no Congresso Nacional há quase nove anos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Crédito imobiliário da Caixa cresce 75% e bate recorde

Maior financiador do setor habitacional emprestou R$ 17,5 bi no 1º semestre
Aumento da massa salarial, subsídios à baixa renda e juros mais baixos explicam crescimento, segundo o vice-presidente do banco
NATÁLIA PAIVA
COLABORAÇÃO
PARA A FOLHA
Líder no crédito de imóveis, a Caixa Econômica Federal bateu recorde do volume oferecido à compra da casa própria: foram concedidos R$ 17,5 bilhões em 351 mil empréstimos no primeiro semestre do ano -crescimento de 75% ante o registrado no mesmo período do ano passado.
Desse volume, R$ 9,2 bilhões vieram dos recursos da poupança destinados à habitação, alta de 267%.
Para o vice-presidente da instituição, Jorge Hereda, o aumento da massa salarial, o acréscimo de subsídios à baixa renda e os juros mais baixos foram os responsáveis pelo volume recorde, que reflete a inclusão de famílias que antes não tinham acesso ao financiamento imobiliário. Com a escassez de crédito vivida logo após o agravamento da crise econômica global, em setembro passado, "o mercado bancário recuou e a Caixa avançou e ocupou o espaço deixado", diz Hereda.
Para o economista Francisco Pessoa, consultor da LCA, o crescimento do volume contratado indica que o nível de confiança do consumidor brasileiro, afetado num primeiro momento pós-crise, já se recupera -considerando que o financiamento habitacional é um compromisso de longo prazo.
O resultado positivo do primeiro semestre ainda foi impulsionado pelos feirões da casa própria, que costumam impactar as contratações da Caixa por seis meses, período no qual a carta de crédito obtida é utilizada, diz Hereda. "Nos feirões, foi possível constatar que muitas famílias passaram a ter condições de entrar no mercado imobiliário. E com o Minha Casa, Minha Vida, empresas vão acreditar mais e vai haver mais imóveis para baixa renda.
"O programa habitacional do governo federal -medida anticíclica que visa construir 1 milhão de casas para quem ganha até dez salários mínimos- respondeu por R$ 1,5 bilhão do volume financiado, diz Hereda: metade foi para a produção, metade para a pessoa física.
Até junho, 581 projetos (100 mil imóveis) estavam em análise e 97 (10 mil), já contratados, segundo a presidenta da Caixa, Maria Fernanda Ramos. Apesar de formar 40% da meta do programa, a faixa de renda de zero a três salários tem 28% dos projetos em análise. A Caixa espera que a contratação prevista seja fechada até o fim de 2010.