terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Crédito imobiliário tem recorde em Campinas

publicado por Milton Paes
em 12/01/2010
Jornal DCI

CAMPINAS - A Regional da Caixa Econômica Federal em Campinas fechou 2009 com recorde habitacional em relação a 2008. Os números de dezembro ainda estão sendo fechados e devem ser divulgados no final deste mês. A projeção da Caixa é de que a região de Campinas feche 2009 com R$ 800 milhões em contratação de crédito imobiliário envolvendo todas as modalidades de crédito como o Minha Casa, Minha Vida no financiamento de imóveis para pessoas físicas e para pessoa jurídica na implantação do empreendimento, além das linhas tradicionais de financiamento com concessão de carta de crédito através de recursos liberados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). De acordo com levantamento feito pela regional da Caixa Econômica Federal em Campinas, na Região Metropolitana do município foram registrados de janeiro até o dia 30 de novembro de 2009, quase 14 mil financiamentos, no valor de R$ 734,2 milhões, beneficiando aproximadamente 55 mil pessoas. Em 2008, no período de janeiro a novembro, foram feitos 6.805 financiamentos, com recursos aplicados de R$ 379 milhões. Houve um crescimento de 94% no valor financiado e de 105% na quantidade de financiamentos contratados na RMC. O financiamento do banco em habitação gerou cerca de 50 mil postos de trabalho na construção civil regional em 2009.
Crise
Na avaliação do gerente de habitação da regional da Caixa em Campinas, Marcos Fontes, a Caixa teve papel decisivo em fomentar o crédito imobiliário e aquecer o mercado da construção civil, principalmente no período de crise, viabilizando crédito à produção de imóveis. "O discurso que os nossos administradores nos passavam e nos orientavam era de momento em que a Caixa precisa mostrar ser banco preparado a essas situações e voltado ás necessidades da população", diz.
Marcos Fonte acredita que os resultados positivos alcançados pela Caixa devem-se as alterações implantadas na instituição com a revisão no processo de crédito à construção civil, a intensificação do relacionamento com as empresas, as análises de empresas para operar com crédito imobiliário, entre outras mudanças, seguindo em sentido oposto ao caminho tomado pelos bancos privados que no período de crise fecharam o cerco na concessão de crédito. "A Caixa foi ao mercado, ofertou linhas de crédito, ofertou condições melhores com alongamentos de prazos, ou seja, mostrou ser um banco moderno e competitivo, que foi determinante para que a população sentisse segurança em tomar o crédito imobiliário e um financiamento de longo prazo," destacou.
Programa
O programa Minha Casa, Minha Vida foi, na opinião do gerente de Habitação da Caixa, em Campinas, fundamental durante a crise para atuar como medida anticíclica no sentido de gerar emprego e renda, dar subsídio para as famílias que precisam e tem necessidade de moradia, atuar num percentual considerável do déficit habitacional, já que nunca a instituição havia atuado de maneira tão forte e incisiva e em tão pouco tempo combater o déficit habitacional com um percentual elevado de moradias ofertadas.
O gerente de habitação da Caixa regional Campinas, Marcos Fontes, disse ainda que a Caixa tem projetado para esse ano de 2010 um crescimento ainda maior do que o registrado no ano passado.
Este otimismo é atribuído ao fato de que a Caixa está mais preparada para este momento mais competitivo com a irrigação de crédito imobiliário, com produtos mais modernos e competitivos para utilização no mercado de construção civil, contando com uma equipe técnica capaz de dar sustentação às análises dos projetos apresentados e em fase de estudo para aprovação.
Só na Região Metropolitana de Campinas, há 160 empreendimentos em fase de análise no programa Minha Casa, Minha Vida.
Marcos Fontes lembrou também que a Caixa está muito mais exigente na avaliação dos empreendimentos para a concessão de crédito, com uma preocupação na questão da sustentabilidade dos empreendimentos tomando por base as legislações municipais, estaduais e federal no que tange a todas as questões que envolvem sustentabilidade, incluindo adaptabilidade, acessibilidade, principalmente às pessoas que têm necessidades especiais, o uso de sistemas construtivos já homologados e que ofereçam conforto e durabilidade.
"Quando a Caixa analisa um empreendimento, analisa também o entorno dele, como os equipamentos comunitários que estão sendo ofertados e o número de imóveis ofertados para aquela região. Hoje, nós temos uma visão muito mais ampla e uma parceria com os municípios para aprovação dos empreendimentos e a concessão de crédito," explica.

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