terça-feira, 9 de junho de 2009

Com medidas do governo, empresários da construção ficam menos pessimistas

Por: Luana Cristina de Lima Magalhães
09/06/09
InfoMoney

SÃO PAULO - Os empresários da construção civil estão menos pessimistas em relação ao desempenho da economia e de suas empresas, diante do atual cenário econômico desfavorável, em boa parte devido à série de medidas governamentais favoráveis ao setor, como a recente desoneração dos materiais de construção e o programa Minha Casa, Minha Vida.
Isso é o que comprova a 39ª Sondagem da Construção, realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV Projetos em maio, com 241 empresários da construção de todo o País.
Segundo a pesquisa, que é trimestral, em uma escala de 0 a 100 (valores abaixo de 50 são interpretados como desfavoráveis e acima de 50, como otimistas), a confiança com relação ao desempenho das empresas ficou em 45,9 pontos, o que denota uma alta de 9,9% ante a última sondagem, realizada em fevereiro.
A avaliação das empresas paulistas ficou um pouco abaixo da nacional, atingindo 45,5 pontos. No entanto, a alta é de 12% ante ao levantamento anterior.
Confiança na economiaA expectativa quanto ao crescimento econômico, por sua vez, se elevou 48,2%, no quinto mês do ano, atingindo 35 pontos.
Já a confiança na condução da política econômica somou 51,9 pontos em maio, ficando, portanto, acima dos 50 pontos, o que denota uma alta de 26,1%, e as perspectivas de desempenho ficaram em 52,5 pontos, alta de 28,3%.
Entretanto, o índice que apresentou a maior pontuação foi o da inflação reduzida, que registrou 62,3 pontos, um aumento de 14,6%.
Por outro lado, houve queda, de 4,9%, nas perspectivas de evolução de custos, que registraram 54,8 pontos. O indicador de dificuldades financeiras atingiu 56,7 pontos, o que também denota uma queda de 4,2%.
Análise
A pesquisa revela que os empresários continuam acreditando que a construção será menos afetada do que a economia como um todo. A melhora no item perspectivas de desempenho mostra que os empresários acreditam na aceleração da atividade econômica nos próximos meses. Mais uma vez, esse otimismo relativo foi maior em São Paulo do que na média nacional.
Um aspecto interessante refere-se ao item perspectivas de evolução de custo, que registrou uma aparente piora observada na comparação trimestral, resultado que foi influenciado pelas negociações salariais que ocorreram no Estado de São Paulo. Por conta disso, a comparação anual é mais precisa e mostra forte evolução, resultado do recuo dos preços de materiais verificado nos últimos meses.
A melhora da avaliação dos empresários sobre o ambiente macroeconômico foi resultado de um ajuste de expectativas, que minorou o pessimismo excessivo registrado nas rodadas anteriores da pesquisa. Entre fevereiro e maio, melhorou muito a avaliação do setor quanto à política econômica e às perspectivas de inflação baixa.
No caso desta última variável, o avanço ocorreu também na comparação anual, com um pouco menos de otimismo no Estado de São Paulo em relação à média nacional. As boas perspectivas com relação ao crescimento econômico avançaram, embora permaneçam no campo pessimista. Além disso, a melhora no indicador de perspectivas de evolução dos custos das construtoras indicou otimismo.
Resultados
Observe na tabela as variações dos itens que compõem a pesquisa realizada com 241 empresários da construção de todo o País:
Perspectiva
Variação trimestral

Desempenho da empresa / 9,9%
Dificuldades financeiras / -4,2%
Perspectivas de desempenho / 28,3%
Perspectivas de evolução de custos / -4,9%
Condução da política econômica / 26,1%
Inflação reduzida / 14,6%
Crescimento econômico / 48,2%

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