quinta-feira, 9 de abril de 2009

Venda de imóvel usado cresce 140% em fevereiro e mercado se reaquece

Camila Abud
Jornal DCI

SÃO PAULO - As vendas de imóveis usados na cidade São Paulo aumentaram 140,29% em fevereiro na comparação com janeiro, "recolocando o mercado da capital nos níveis em que se encontrava antes da crise econômico-financeira global em setembro de 2008", afirmou José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECI-SP). Segundo ele, ainda não é o caso de "acharmos que os problemas acabaram e que voltamos à normalidade, mas pode ser um indício de que o possível efeito psicológico da crise, que deixou todo mundo receoso de fazer negócio e se endividar, estaria se diluindo por conta da percepção de sua real dimensão e das medidas que estão sendo tomadas para combatê-la", explicou.
O crescimento em fevereiro foi detectado pela pesquisa que o CRECI-SP fez com 463 imobiliárias da capital, que informaram ter vendido 163 casas e apartamentos. Esse número fez com que o índice de vendas da capital evoluísse de 0,1465 em janeiro para 0,3521 em fevereiro, alta de 140,29%. Em agosto, antes da eclosão da crise, haviam sido vendidas 173 unidades e, em julho, 225. Em setembro, quando a crise eclodiu nos Estados Unidos, a pesquisa CRECI-SP contabilizou no universo das imobiliárias consultadas, a venda de 196 imóveis na capital.
Os efeitos da retração econômica que seria global ainda não haviam sido sentidos no Brasil, o que começou a ocorrer parcialmente em outubro - nesse primeiro momento de susto com a situação da economia, as vendas de usados baixaram para 103 unidades. Houve um respiro em novembro, com a negociação de 160 unidades, mas aí a crise chegou de fato ao mercado - as vendas despencaram para 73 unidades em dezembro e para 63 em janeiro último.VelocidadeNa área de novos empreendimentos, outro termômetro a ser considerado é o da CHL, que afirma estar com resultados positivos, tanto que a empresa - parte do Grupo PDG Realty -, lançou dois empreendimentos 90% de cujas unidades foram comercializados em 48 horas. Os residenciais, situados no Humaitá e em Botafogo, somam R$ 40 milhões em volume geral de vendas e serão entregues em 2010.

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