terça-feira, 27 de abril de 2010

Imóveis na capital paulista valorizaram 10%, em média, de 2004 a 2009, afirma Lopes

Por: Evelin Ribeiro
27/04/10 - InfoMoney


SÃO PAULO – A valorização dos imóveis na capital paulista é uma tendência que, segundo estimativas da Inteligência de Mercado Lopes, setor de pesquisa da imobiliária Lopes, deve se manter nos próximos anos.

Uma pesquisa da companhia comparou o valor médio e o gasto médio nos lançamentos imobiliários dos dois últimos triênios: de 2004 a 2006 e de 2007 a 2009. A valorização média foi de cerca de 10%, mas os destaques ficaram por conta dos bairros Jardins, Barra Funda e Butantã.

Nos Jardins, o preço por metro quadrado, subiu de R$ 7.360 para R$ 9.980 entre os períodos analisados – uma valorização de 36%. Na Barra Funda, o aumento foi de 25% (de R$ 2.630 para R$ 3.300) e, no Butantã, que viu o metro quadrado subir de R$ 2.240 para R$ 3.230, a valorização chegou a 23%.

O diretor de atendimento da Lopes, Cyro Nayfel Filho, explica que diferentes aspectos contribuem para a valorização dos lançamentos nos bairros paulistanos.

Nos Jardins, por exemplo, por ser um bairro já desenvolvido, a oferta de terrenos é quase zero. Logo, a falta de espaço torna os lançamentos mais escassos e, por consequência, mais caros. Na Barra Funda, o fenômeno é outro. “A saída de fábricas fez com que galpões virassem locais de empreendimentos residenciais. Os terrenos, antes baratos, começaram a receber produtos maiores, apartamentos de quatro suítes, mudando o perfil da região. O mesmo aconteceu no Tatuapé e na Mooca, por exemplo”, disse Nayfel.

Mudança de padrão
A pesquisa mostrou que os bairros que mostraram maior desvalorização no preço médio por metro quadrado foram o Panamby (-16%), Morumbi (-13%) e Itaim Bibi (-9%). O executivo explica que a queda não significa que os imóveis ficaram mais baratos, mas que houve mudança no padrão dos lançamentos que começaram a ser feitos nas regiões.

“O caso do Morumbi é claro. É um bairro geograficamente vasto. Com mais empreendimentos sendo desenvolvidos para classes mais baixas, produtos mais baixos, saindo da região da Giovanni Gronchi e se aproximando, por exemplo, da Vila Sônia, onde o terreno é mais barato, os lançamentos começaram a vir com preços inferiores aos de antes”, declarou.

Tendência
Nayfel afirma que é difícil fazer previsões do comportamento dos preços dos lançamentos imobiliários na capital nos próximos anos. Porém, as melhorias que têm sido feitas na infraestrutura da cidade – novas estações e linhas de metrô, nova faixa na marginal ou inauguração do Rodoanel – contribuem para a perspectiva de valorização. “Vale a pena o consumidor se garantir e antecipar sua decisão de compra, porque não deve haver queda de preço e é melhor não esperar até que eles se valorizem mais ainda”, opinou.

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