segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Índice de preços que reajusta os aluguéis registra deflação de 0,46%

Agência Estado
Jornal DCI

SÃO PAULO - A segunda prévia do Índice Geral de Preços -Mercado (IGP-M) de agosto registrou deflação de 0,46%, aprofundando a queda de 0,27% na prévia do indicador em julho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre os três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M, o Índice de Preços por Atacado -Mercado (IPA-M) caiu 0,78% na prévia anunciada, aprofundando a queda de 0,56% apurada na segunda prévia de julho.
Já o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) registrou alta de 0,10% na segunda prévia de agosto, desacelerando em relação ao avanço de 0,25% apurado na segunda prévia de julho. O Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M) teve alta de 0,20% na segunda prévia do mês, também apresentando desaceleração ante o avanço de 0,33% em igual prévia de julho.
O resultado acumulado do IGP-M é usado no cálculo de reajuste nos preços dos aluguéis. Até a segunda prévia de agosto, o IGP-M acumula deflação de 2,12% no ano e de 0,81% em 12 meses.
A forte queda nos preços das matérias-primas brutas no atacado (-2,27%) levou à taxa negativa de 0,46%, segundo o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Os preços desse segmento foram puxados para baixo principalmente pelo comportamento das commodities agrícolas, que continuam a mostrar quedas em seus preços.
Entre os destaques citados que contribuíram para o recuo de preços estão: as taxas negativas registradas em soja (-4,25%); trigo (-5,97%); e milho (-7,62%). Ele observou ainda que outros produtos agropecuários importantes no atacado mostraram queda e desaceleração de preços, o que contribuiu para que o setor agropecuário atacadista aprofundasse seu processo de deflação (de -1,16% para -1,57%). É o caso de aves (-4,24%); suínos (-7,63%); e leite in natura (de 8,48% para 3,65%).
Ele observou que a deflação nos preços de bens intermediários no atacado chegou ao fim, devido à queda menos intensa nos preços de materiais para manufatura (de -0,25% para -0,18%) e aumentos nos preços de combustíveis, como óleo combustível (11,50%); e querosene de aviação (3,34%). O IGP-M de agosto deve fechar em queda, mas é prematuro dizer se a taxa será próxima a apurada pelo mesmo indicador em julho (-0,43%), diz a FGV.

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