terça-feira, 25 de agosto de 2009

2-quartos são número 1

Fonte: site www.imovel.com
Colocados em segundo plano durante alguns anos pelos incorporadores, os dois-dormitórios foram campeões de vendas do primeiro semestre: somaram 43,8% dos imóveis novos comercializados na Grande São Paulo, de acordo com o Secovi-SP (sindicato do setor de habitação).
Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, os dois-quartos serão o principal produto durante o ano todo. "Existe muita demanda por esse tipo de imóvel, já que, até o ano passado, os lançamentos eram predominantemente de três ou de quatro dormitórios", compara.
O economista explica que, além da oferta do produto em bairros consolidados, caso de Moema (zona sul), haverá muitas unidades lançadas em áreas periféricas, como Osasco e Guarulhos (veja mapa ao lado). "Só o programa Minha Casa, Minha Vida prevê 83 mil unidades de até R$ 130 mil na região metropolitana de São Paulo."
O mercado de dois-dormitórios usados também se movimentou. Em bairros centrais, onde são escassos os lançamentos, os usados são a alternativa. José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho regional dos corretores), diz que, se o imóvel apresentar boa conservação e preço de mercado, será rapidamente vendido.
"Ficamos muito tempo sem ver novos desse tipo, então os usados eram a opção para quem queria um imóvel menor", considera Viana Neto.
Com o cenário de lançamentos, porém, a previsão é que haja mais possibilidades de escolha para o comprador.
Diferenças
"Vai depender do que a pessoa definir como prioridade, se morar mais perto do trabalho [em regiões mais centrais] ou em um apartamento novo [mais facilmente encontrado em locais mais afastados]", compara Petrucci.
Beto Coelho da Fonseca, diretor-geral de captação da Coelho da Fonseca, diz que uma diferença entre comprar lançamento e usado é a forma de pagamento -além do preço, que varia até 40% na comparação de bens de perfis e regiões similares.
"Quando se financia um novo, dá para parcelar em até 36 vezes os 20% da entrada, até a entrega das chaves. Ao comprar um usado, não."
Metro quadrado de novas unidades custa até R$ 6.000
Com a alta de lançamentos de dois dormitórios na Grande São Paulo, é possível perceber dois perfis distintos de empreendimentos: os novos oferecidos em regiões mais centrais e os construídos em locais sem tradição no mercado.
"Há dois tipos de dois-dormitórios. Um é bem compacto, lançado em bairros emergentes, para pequenas famílias que precisam de financiamento para comprar o imóvel, cuja metragem é de 55 m2, no máximo", assinala Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d'Ávila e do Geoimovel. "O outro é para jovens casais, em bairros já consolidados. Nessas áreas, o apartamento pode chegar a 70 m2."
Regiões como Moema, Campo Belo, Paraíso, Vila Mariana e Vila Clementino, na zona sul; e Itaim, Perdizes, Pinheiros e Pacaembu, na zona oeste, foram citadas pelos especialistas ouvidos pela Folha como locais onde o metro quadrado de um dois-dormitórios novo pode chegar a R$ 6.000.
Existem também coberturas de dois dormitórios cuja área privativa ultrapassa os 100 m2.
"Nesses bairros, além de unidades maiores, os moradores pedem duas vagas na garagem e elevadores sociais e de serviço. Há um apelo diferente, com mais tecnologia", opina Fábio Romano, diretor de incorporação da construtora Yuny.
A localização dentro do bairro também é importante. "Não pode ser em qualquer lugar. Tem que ser perto do metrô e dos serviços", aponta Feliciano Giachetta, diretor da FGi Negócios Imobiliários. "Nessas áreas, compram-se também a vizinhança e a infraestrutura oferecida", explica.
Outros bairros
Em locais considerados não tão nobres, o foco são famílias que estão saindo do aluguel. "Esse produto é para a base da pirâmide. São pessoas que, graças ao crédito facilitado, conseguem comprar seu imóvel", observa Giachetta.
Mario Tibério, diretor da construtora Tibério, concorda com essa visão. "Hoje, uma pequena família compõe uma renda de R$ 3.500 e pode sair do aluguel. Também estamos vendendo para esse público a facilidade da prestação."
Nesses áreas, a média do metro quadrado varia de R$ 2.400 a R$ 3.000. "Em apartamentos de perfil supereconômico, nossa metragem vai de 42 m2 a 44m2", especifica Tibério, que este ano vendeu empreendimentos em Guarulhos, no Parque São Lucas (zona leste) e na Freguesia do Ó (zona norte).
Nesses prédios, o comum é haver apenas uma vaga de garagem. "Quem quiser mais uma poderá comprar. E não há tanta necessidade de elevadores social e de serviço, desde que o equipamento sirva bem aos moradores", diz Tibério. "Também é possível ter mais unidades por andar."
Até R$ 1,1 milhão
Os 38 apartamentos (176 m2) do Conquest (r. Luís dos Santos Cabral, 55, Jardim Anália Franco), da Onoda Engenharia, terão quatro dormitórios (duas suítes); seus preços variam de R$ 980 mil a R$ 1,1 milhão. Os itens de lazer são varanda gourmet, ofurô, piscina, pomar e herbário. A entrega está programada para março de 2012.
Fonte: Folha de São Paulo via Newmarkf Knight Frank - 24/08/2009

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