quinta-feira, 4 de março de 2010

Setor de construção pede mudanças em projetos de habitação e no PAC

PanoramaBrasil
Jornal DCI


SÃO PAULO - O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, disse ontem que apresentou, na reunião do Grupo de Acompanhamento do Crescimento (GAC), algumas propostas para corrigir erros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, houve atrasos de obras por falta de planejamento e de projetos e em razão de licitações malfeitas. Durante o encontro, a maior parte das reivindicações girou em torno das exportações brasileiras, que sofrem ainda com a recuperação lenta do mercado mundial e também com a possível subida de juros por parte do Banco Central (BC).

A proposta da CBIC, segundo ele, é que as obras selecionadas sigam alguns critérios para evitar esses problemas, como, por exemplo, a inclusão da obra no Plano Plurianual do município ou estado, que tenha projetos básicos e o custo- benefício social bem definido. Ele também defendeu a necessidade de ampliação dos agentes financeiros para o programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, o presidente da CBIC disse que é preciso ter uma preocupação maior com o planejamento urbano e não apenas atender a habitação individual.

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que apresentou, durante a reunião, uma agenda para reduzir a burocracia, desonerar e melhorar as condições de financiamento das exportações. Ele disse que a agenda é antiga, mas que, num cenário pós-crise, é preciso acelerar essas definições. Monteiro Neto lembrou que o governo já trabalha em medidas para o setor exportador. "Nós estamos na direção correta. O problema agora é o time [tempo em inglês]", disse, ao deixar a reunião do GAC.

O presidente da CNI voltou a reclamar do acúmulo de créditos tributários. "Precisamos trabalhar num conjunto de desonerações para o setor exportador. Quem acumula crédito carrega custos." Ele também alertou para o fato de haver um aumento grande das importações, o que, segundo ele, desloca a produção nacional e prejudica o emprego no País.

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