quarta-feira, 20 de maio de 2009

Vendas de imóveis em São Paulo caem 43% no 1º trimestre


Dados da Secovi-SP apontam, porém, que aumento de estoque no fim de 2008 'começa a ser compensado'

Chiara Quintão, da Agência Estado
Jornal O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo caíram 43% no primeiro trimestre, para 4.831 unidades, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas 8.478 unidades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

No primeiro trimestre, as vendas de imóveis de três dormitórios corresponderam a 42% do total de unidades, os de dois dormitórios, a 36%, os de quatro dormitórios, a 21%, e de um dormitório, a 1%.

O Secovi-SP citou dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) que apontam lançamentos de 3.154 unidades na capital paulista no primeiro trimestre, 55% a menos que as 7.025 unidades do intervalo equivalente de 2008. O total vendido no trimestre superou o volume de lançamentos no período. O aumento de estoque registrado no fim de 2008 "começa a ser compensado com as vendas deste ano", conforme o Secovi-SP.

No mês de março, foram lançadas 1.561 unidades no município de São Paulo, acima das 1.211 de fevereiro e das 382 de janeiro. As vendas chegaram a 2.162 imóveis novos, ante 1.556 em fevereiro e 1.113 em janeiro, o que indica, segundo o Secovi-SP, que os efeitos da crise financeira internacional sobre o setor imobiliário "são cada vez mais tênues".

Conforme o Secovi-SP, sondagem realizada, no início de maio, com "parcela significativa de empresas do setor" estimou aumento de 20% a 25% do número de unidades negociadas no mês de abril em relação a março.

O Secovi-SP reiterou que, este ano, os lançamentos vão somar 28 mil unidades, mas revisou o volume de vendas projetado para mais de 29 mil unidades. O indicador vendas sobre oferta (VSO) esperado para o fim de 2009 passou a ser, portanto, de 12%, ante a projeção passada de 11%. A VSO foi de 13,8% em 2008 e de 16,2% em 2007. No primeiro trimestre, a média do indicador foi de 8%.

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