Por: Equipe InfoMoney
03/09/10 - 09h29
InfoMoney
SÃO PAULO - A participação do crédito imobiliário no PIB (Produto Interno Bruto) vai chegar a 11% em 2024, o equivalente a R$ 500 bilhões, segundo a avaliação do presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio França.
"A geração de renda da população vai sustentar o crescimento da indústria imobiliária. Não teremos uma bolha", afirmou o executivo, durante a participação em evento imobiliário com empresários do setor na última quarta-feira (1).
Já para o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o mercado imobiliário nacional passa por um período inédito, no qual a participação de empresários, compradores e agentes financeiros torna-se necessária. "Não queremos voltar ao tempo do stop and go dos anos 1990. Temos de manter a união e o diálogo", disse.
Hoje, o crédito imobiliário atinge participação de 3% no PIB, segundo dados divulgados em outra ocasião pelo vice-presidente de governo da CEF (Caixa Econômica Federal), Jorge Hereda.
CONSEQUÊNCIAS
Em contrapartida, o presidente do Secovi-SP sustenta que a expansão do mercado imobiliário pode levar à falta de recursos financeiros provenientes da caderneta de poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
"Não há folga e enxergamos os fundos de pensão, que precisam de aplicação de longo prazo, como alternativa para novos negócios imobiliários", concluiu Crestana.
Nesse caso, aponta o executivo, serão necessários aprimoramentos legais (melhoria dos marcos regulatórios) e mudança cultural (discussão, com debates das divergências). "Temos de vencer resistências e quebrar paradigmas".
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